Bruxelas muitas vezes é deixada de lado por quem planeja uma eurotrip pelas principais capitais europeias, ofuscada pelas vizinhas Paris ou Amsterdã. Mesmo quem inclui a Bélgica como destino acaba priorizando a medieval Bruges – sem dúvidas uma cidade encantadora que merece a fama que possui. Provavelmente você já ouviu alguém dizer que Bruxelas é uma cidade “sem graça” e que apenas 1 dia na cidade seria o suficiente. No entanto, esse rótulo de ser uma cidade “sem nada pra fazer” não poderia estar mais distante da realidade. A capital da Bélgica e sede da união Europeia pode até aparentar um jeitão meio sisudo, mas se você der uma chance e estiver de peito aberto vai descobrir que há muito o que fazer em Bruxelas. Até porque uma cidade cuja gastronomia se destaca pelas batatas fritas, waffle (que eles chamam de “gaufre“), chocolate e cerveja, e cujo maior ícone é o Manneken-Pis (uma estátua de um menininho fazendo xixi) não pode ser tão sisuda assim, né? 🙂
O objetivo desse post é mostrar que Bruxelas pode sim ser uma cidade interessante e com atrativos mais do que suficientes para ao menos 2 dias inteiros de viagem. Mas primeiro, algumas informações importantes sobre Bruxelas.
Um pouco sobre Bruxelas
Bruxelas é uma metrópole marcada bela diversidade e pelo contraste. Com dois idiomas oficiais (francês e dutch, o holandês) e uma grande mistura de povos (mais de 70% da população é de origem estrangeira como italianos, portugueses e marroquinos), a cidade reflete essa confluência cultural em suas ruas e na arquitetura de seus edifícios. Transitar pelos diferentes bairros e distritos da capital belga é conhecer múltiplas facetas de uma mesma cidade. Do ponto de vista turístico, sem dúvidas o centro de Bruxelas e o bairro Europeu concentram as principais atrações.
É o caso do principal cartão-postal de Bruxelas, a icônica Grand Place que tem fama de ser a mais bonita da Europa – está na nossa lista, certamente! Além dela, a Place de la Bourse (local da antiga bolsa de valores da cidade) e a democrática Place Sainte-Catherine (repleta de bares e alguns dos melhores restaurantes de frutos do mar de Bruxelas) são atrações imperdíveis. Impossível não mencionar também a Galeries Royales Saint-Hubert, uma luxuosa passagem fechada que concentra lojas, bares e restaurantes com a imponência de seu pé direito elevado culminando em uma belíssima cúpula de vidro.
Outras atrações imperdíveis de quem visita Bruxelas são os Jardins do Monts de Arts e o belo visual que se tem da cidade, em uma área repleta de museus como o Musées Royaux des Beaux Arts (Museu Real de Belas-Artes) ou o Museu de Instrumentos Musicais. Além deles, em Bruxelas fica também o suntuoso Palácio Real onde o rei da Bélgica mora e trabalha, e o Parque do Cinquentenário, uma imensa área verde com um incrível pórtico em arco que lembra muito o portão de Brandemburgo alemão.
Se não bastasse tudo isso, Bruxelas ainda possui a sua “Torre Eiffel”: o Atomium, uma enorme estrutura metálica que possui 9 esferas conectadas por 20 tubos e representa uma molécula de ferro ampliada 165.000 milhões de vezes. Ah, e para quem é fã de histórias em quadrinho, Bruxelas possui museus e atividades relacionados a personagens criados por artistas locais como Tintin ou os Smurfs. Se com todas essas atrações ainda sobrar tempo sem ter o que fazer, é só ir a um dos muitos bares de cerveja belga e aproveitar uma das melhores coisas da Bélgica: a cerveja!
Quantos dias devo ficar em Bruxelas?
Se o objetivo é conhecer somente Bruxelas, recomendamos ficar por 2 dias inteiros na cidade. Outra boa possibilidade é utilizar Bruxelas como base para conhecer mais cidades belgas que fiquem a uma distância curta de trem. É o caso por exemplo de Antuérpia, Leuven, Mechelen, Bruges, Gent ou até mesmo Dinant. Essa pode ser uma boa forma de aproveitar uma estadia maior do que 2 dias em Bruxelas!
O que fazer em Bruxelas (Dia 1): Centro de Bruxelas
Grand Place
Independente de estar hospedado no centro de Bruxelas ou em um bairro mais distante, a melhor forma de começar o roteiro por Bruxelas é indo em direção a Grand Place, a praça mais importante da cidade. Tomando como referência a Gare Central (a estação central de trem que também é um hub de linhas de metrô), é possível ir caminhando por ruas como a Rue Infante Isabelle e a Rue du Marché Aux Herbes. Essas ruas são repletas de cafés, restaurantes e lojinhas de produtos típicos, desde souvenirs locais até, é claro, chocolates, waffles e batatas fritas, carros-chefe da gastronomia local.
Tenha em mente que essa é uma região bastante turística. Além de estar sempre muito movimentada de gente de todas as partes do mundo, tem que tomar cuidado para fugir de locais ao estilo “pega-turista” também. Se você estiver no clima de já chegar experimentando um legítimo chocolate quente da Bélgica ou mesmo um café, nossas duas dicas pessoais são o Café Tasse, o Corica Café ou a loja da Galler Chocolatier. Visitamos as três e adoramos!
Da estação até a icônica Grand Place são menos de 5 minutos de caminhada (sem contar as pausas para compras, é claro!). Na chegada, prepare-se para se deslumbrar com o visual da praça, que como já dissemos, é uma das mais lindas de toda a Europa.
Não por acaso a praça, que começou a ser construída no século XV, foi declarada Patrimônio Histórico pela Unesco. A maior parte dos edifícios que cercam a praça datam dos séculos XVI e XVII, com uma série de elementos grandiosos e uma riqueza de detalhes bem característicos da época. Alguns dos destaques são o Musée de la ville de Bruxelles (Museu da Cidade de Bruxelas) e o Hôtel de Ville de Bruxelles (Prefeitura de Bruxelas), mas vale gastar um tempo admirando cada edifício e cada cantinho da praça.
Flower Carpet
Agora vem o momento “sorte de viajante”. Bem depois de definir as datas da viagem e comprar as passagens, descobrimos que exatamente nos dias de nossa estadia em Bruxelas estaria acontecendo o evento Flower Carpet. Durante o evento a Grand Place é transformada em palco para a montagem de um enorme tapete de flores. O evento acontece de 2 em 2 anos, sempre no mês de agosto, onde cerca de 100 jardineiros voluntários trabalham na montagem dos 1.800 metros quadrados de tapete, resultado da combinação de mais de 500 mil flores como begônias e dálias. Se você também der essa “sorte”, ou se quiser se planejar para ir na próxima edição do evento, não deixe de aproveitar! O espetáculo de cores é fantástico, e a experiência é inesquecível!
Se vocês repararem bem, em uma das fotos acima a gente se exibe com as credenciais de imprensa na mão. Sim, por conta do blog, fomos convidados para acompanhar a montagem do tapete bem de pertinho. Ainda tivemos o privilégio de poder entrar na prefeitura e, da sacada, fazer alguns registros do tapete de flores ganhando forma. Pois é, repetindo: inesquecível. 🙂
Place de la Bourse
Depois de curtir a Grand Place, nada melhor do que continuar caminhando pelas ruelas do centro. Logo você chegará até outra importante praça do centro de Bruxelas: a Place de la Bourse. A principal atração é o prédio da antiga bolsa de valores da cidade, que hoje não opera mais neste local. Mas o prédio é lindo e super vale conhecer. Um belo edifício que foi construído onde antes eram ruínas de um mosteiro franciscano do século XIII. Pena que só dá pra ver por fora, já que não tem visitação ao público.
Outra atração da praça é a Église Saint-Nicolas (igreja de São Nicolau de Bruxelas). Construída por volta de 1125, é uma das quatro primeiras igrejas da cidade de Bruxelas uma das que melhor está preservada.
Het Zinneke ou Zinneke Pis: o cachorro fazendo xixi
Quando o assunto é “estátua fazendo xixi”, Bruxelas deve ser a cidade recordista mundial! A mais famosa é a Manneken Pis (a do garotinho), mas ainda no centro de Bruxelas existem outras duas estátuas do mesmo segmento: a Jeanneke Pis (uma menininha fazendo pipi) e ainda o Het Zinneke ou Zinneke Pis, que é um cachorrinho fazendo pipi! As três ficam relativamente próximas, mas sugerimos começar pela Het Zinneke.
A obra do artista Tom Frantzen é bem menos conhecida e por essa razão atrai poucos turistas, mas é bem divertida e vale conferir. E um detalhe interessante é que as ruas dessa região são repletas de arte de rua: pinturas, grafites e até referências ao personagem dos quadrinhos Tintin (que é belga) podem ser vistos em diversos murais e fachadas de edifícios.
Place Sainte-Catherine
Não muito distante fica outra praça bem importante de Bruxelas, a Place Sainte-Catherine. O nome é herdado da Igreja de mesmo nome, erguida no ano de 1200 (mas totalmente renovada em 1854) e dedicada a Santa Catarina. Em frente, um belo
O mais legal da praça é a atmosfera animada e super democrática. No entorno, onde no passado funcionava o antigo mercado de peixes de Bruxelas, atualmente existem ótimas opções de bares e restaurantes especializados em peixes e frutos do mar em geral – uma especialidade belga. Destaque para o De Noordzee, um dos mais populares da cidade. De estilo bem informal, o local cobra preços módicos e oferece os melhores frutos do mar tipicamente belgas. Recomendadíssimo para quem quiser um almoço rápido e delicioso!
Leia também: 9 dicas de onde comer e beber na capital da Bélgica
Jeanneke Pis e Delirium Café
Na sequência, hora de conhecer a Jeanneke Pis, a versão feminina do Manneken-Pis. Essa já fica bem mais escondida, em uma rua bem estreita que só é fácil de achar por ser bem pertinho do Delirium Café, um bar de cervejas dos mais conhecidos de Bruxelas. Sinceramente, entre as 3 estátuas envolvendo “xixi”, essa nós achamos a mais sem graça. Nem pela estátua em si, que é bonitinha, mas pelo fato dela ficar trancafiada para evitar vandalismos (sim, infelizmente ocorreu algumas vezes). Normalmente há uma fila de turistas e mal dá pra ver a estátua – é necessário enfiar a câmera ou celular por entre as grades para conseguir uma foto como essa nossa. Típica atração para “fazer check in” e ir embora.
Mas para quem é do time dos cervejeiros, pode ser um bom momento para aproveitar e visitar o Delirium Café. Afinal, toda hora é hora para degustar uma cerveja belga em Bruxelas! O bar é mundialmente famoso por sua longa lista de cervejas, com mais de 2 mil marcas diferentes conforme registrado no Guinness Book of Records. Vale dizer que é um programa mega turístico, e como essa região concentra muitos hostels, o bar costuma estar extremamente lotado a qualquer hora do dia ou da noite. Quando fomos, tinha tanta gente (dentro e fora, na rua) que não nos animamos a ficar por muito tempo. Priorizamos conhecer um bar mais “raiz” que iremos mencionar mais adiante no post. 🙂
Galeries Royales Saint-Hubert
Para quem gosta de compras, há um conjunto de galerias que devem ser incluídas no roteiro, as Galeries Royales Saint-Hubert, compostas pela Galerie de la Reine, la Galerie du Roi e la Galerie des Princes. Entre as lojas, muitas são de grifes de alto padrão até marcas de chocolate ou cafés deliciosos. Mesmo que os preços em geral não sejam para todos os bolsos, a visita vale a pena por conta da arquitetura espetacular, que é realmente de tirar o fôlego! A estrutura em arcos, com pé-direito elevado e a cúpula toda recoberta em vidro não deixa nada a dever às principais galerias de compras italianas ou francesas.
Dica para quem quiser o melhor waffle de Bruxelas (pelo menos o melhor que experimentamos na viagem): o tradicional Mokafé, que fica dentro das galerias. Recomendamos pedir o tradicional Sucre – um waffle quentinho coberto com uma generosa camada de açúcar de confeiteiro. Lindo, simples e delicioso que combina perfeitamente com uma xícara de chocolate quente da casa. Dá pra incrementar pedindo a porção extra de chantilly.
Parc de Bruxelles e Palácio Real
Após deixar a Galeria, 15 minutos de caminhada levarão até o Parc de Bruxelles, uma das áreas de lazer mais importantes da cidade. Com acesso livre e muito verde, fontes e esculturas, o parque atrai também os moradores locais, especialmente nos dias mais quentes. Na época da nossa viagem era verão, e parte do parque estava interditada para a produção de um evento de música que ia acontecer nos próximos dias.
O parque de fato é agradável, mas não chega a ser incrível. Para evitar gastar muito tempo e andar sem rumo pelo parque, uma boa forma de otimizar o trajeto é iniciar pela parte norte em direção ao extremo sul, onde está situada a atração mais interessante: o Palácio Real de Bruxelas. É ali que o Rei da Bélgica mora e trabalha, e por conta disso o local só é aberto a visitação em períodos específicos do ano. Nós acabamos optando por conhecer apenas o exterior. De qualquer forma, vale pela beleza da arquitetura e por seus bem cuidados jardins internos.
Mont des Arts
Bem pertinho dali fica o Mont des Arts, na tradução direta, Monte das Artes. Apesar de realmente ser uma pequena colina, é bem tranquilo chegar até a parte mais alta, de onde se tem uma das vistas mais bonitas de Bruxelas. É uma ótima opção para curtir o pôr do sol, aliás!
Se o “Monte” no nome já ficou claro, por que “das Artes”? Bom, além de ser um ponto turístico pela vista e pelos belos jardins, essa região concentra alguns dos mais importantes e interessantes museus de Bruxelas. Como por exemplo o Museu Real de Belas-Artes da Bélgica (com cerca de 20 mil obras de artistas como Auguste Rodin e Paul Gauguin), o Musée Magritte (com a maior coleção do mundo do artista belga) e o Museu de Instrumentos Musicais. Nesse último, destaque também para a fachada toda ao estilo Art Nouveau. Todos os museus citados tem entrada gratuita com o Brussels City Card.
Manneken-pis
Chegou a vez dele, o Manneken-Pis, ou a “estátua do menininho fazendo xixi” que se tornou símbolo de Bruxelas. Uma das muitas histórias que explicam a estátua conta que ela representa um menino que apagou o rastilho de uma bomba que ameaçava destruir Bruxelas ao urinar sobre ela. Bom, independente da origem, fato é que o Mannekin-Pis se tornou uma “celebridade” belga. Tanto é que a medida que você se aproxima, a horda de turistas deixa claro que não será uma tarefa fácil conseguir ao menos uma foto da pequena estatueta.
Nesse sentido, lembra atrações tipo a Monalisa no Museu do Louvre em Paris: você faz um esforço para se aproximar e fazer a sua foto, e logo tem que dar espaço para o próximo. Visitar o “manequinho” é meio “turistada” mesmo, confesso. Mas faz parte, né? Ao menos não custa nada! Rsrsrs
É claro que o comércio ao redor se aproveita da fama e dos turistas para vender toda sorte de souvenir fazendo referência à estátua. Mas a lojinha mais famosa mesmo é a Le Funambule , uma portinha que vende os tradicionais waffles/gaufres belgas a preços bem em conta e com as mais variadas coberturas. Não tem como não achar: na porta, há uma réplica gigante do Manneken-Pis. A qualidade não é comparável a dos melhores waffles, mas vale pra “turistada” ser completa. 🙂
Agora mais uma dica para quem é fã de cerveja! Bem pertinho daqui está o Moeder Lambic, um daqueles que sempre figura entre “melhores bares de cerveja do mundo”. Ideal para degustar as excelentes cervejas belgas, ele conta com mais de 40 torneiras além de ter mais de uma centena de opções em garrafa. O bar tem preços compatíveis com a qualidade das cervejas e formato que oferece. Para nós, é disparado o bar mais legal de Bruxelas.
Sablon
Se você não se perder em meios as deliciosas cervejas do Moeder Lambic, é provável que nessa altura do roteiro já seja finalzinho da tarde. Se esse for o caso, a sugestão é ir até a região do Sablon (se preferir ficar no bar não tem problema, dá pra apertar um pouquinho o dia seguinte e incluir essa região no roteiro).
O Sablon é uma região bem charmosa de Bruxelas, daqueles que se ainda sobrar um tempinho vale aproveitar e se perder um pouco pelas ruas. Os destaques são duas praças: a Place du Grand Sablon e a Place du Petit Sablon. Afrente delas está a imponente igreja gótica Notre Dame du Sablon.
Não muito distante fica o Palácio de Justiça, outro importante edifício de Bruxelas. Mas o mais interessante mesmo – e que descobrimos na sorte, totalmente ao acaso – é o mirante com vista para toda a cidade. O cenário é tão espetacular que a prefeitura deixa até umas cadeiras “de praia” para o pessoal sentar e admirar. Mas o pessoal mais jovem vai mesmo é para a mureta, onde é possível sentar-se e curtir o melhor pôr do sol de Bruxelas.
Sugestões para o jantar? Se o desejo é por comida típica, basta ir ao Arcadi Café e pedir pelo Stoofvlees ou Flamish Carbonnades (carne de panela com molho, acompanhada de batata frita) ou pelo Vol-au-vent (iscas de frango com molho de queijo super cremoso picante sobre uma massa folhada). Se a ideia é gastar pouco mas ainda assim comer algo típico, o Balls & Glory serve almondegas de carne ou vegetarianas assadas no forno com recheio cremoso de diferentes sabores! Para mais detalhes e dicas de comida em Bruxelas, é só conferir nossas 9 dicas de onde comer e beber na capital da Bélgica.
O que fazer em Bruxelas (Dia 2): Atomium, Parque do Cinquentenário e Distrito Europeu
Atomium
Lembra que falamos que quase todas as atrações de Bruxelas ficam na região do Centro ou no Distrito/Bairro Europeu? O “quase” se deve especialmente ao Atomium. Distante das zonas turísticas da cidade, será necessário pegar o metrô (linha 6, descer na estação Heizel e ainda caminhar um pouco), em trajeto que deve levar de 40 a 60 minutos dependendo de onde você estiver hospedado. Dessa forma, a nossa dica é começar o dia pelo Atomium. Separe todo o período da manhã – isso se não quiser incluir o ADAM Museum e a Mini Europa, atrações que detalharemos daqui há pouco. .
O Atomium é uma estrutura imensa composta por nove esferas de aço inoxidável, representando a estrutura atômica de um cristal de ferro em tamanho ampliado. Há exemplo da Torre Eiffel de Paris, o Atomium foi construído para ser algo temporário durante a feira mundial de 1958, mas acabou sendo preservado e se consolidando como uma das principais atrações da cidade.
E por que a visita é demorada? Bom, além da questão da distância, parte da visita é observar o Atomium de fora. Essa parte é grátis (claro), mas como a estrutura é MUITO grande, você vai precisar caminhar bastante ao redor para conseguir tirar uma foto onde apareça você E a estrutura de metal. Depois disso, tem a visita em si. Como toda atração turística popular, as filas para a compra de ingressos são constantes e demoradas. Aconselhamos fortemente que você adquira seu ingresso antecipadamente aqui: comprar seu ingresso para o Atomium. Se não fizer isso, pode incluir mais meia hora de filas de bilheteria nas suas contas.
Depois de passar pelo detector de metais (desse ninguém escapa), a visita começa com 2 possibilidades: pegar o elevador até o sétimo andar, onde está a esfera mais alta da estrutura e de onde se tem uma vista privilegiada de Bruxelas; ou subir pelas escadas rolantes que levam até as exposições temporárias e para as demais partes da estrutura metálica. Como a maior parte das pessoas visita a atração apenas por conta da vista, prepare-se para mais uma fila obrigatória para o elevador (geralmente de mais meia hora). Lá do topo, se o dia estiver muito claro, dizem que dá pra ver até a cidade da Antuérpia. Como nós fomos em um dia bem nublado, deu pra ver…nuvens. 🙂
Apesar de ser uma atração daquelas “obrigatórias” quando se trata de o que fazer em Bruxelas, é também algo que você vai uma vez e dificilmente irá repetir a experiência em outra viagem a Bruxelas.
Atomium
Endereço: Place de l’Atomium
Horário: Aberto diariamente das 10:00 às 18:00
Entrada: a partir de €16 por pessoa
+ comprar seu ingresso para o Atomium
ADAM Museum e Mini Europa
Caso queira aproveitar o deslocamento até o Atomium, existem outras duas atrações relativamente populares na mesma área: o ADAM Museum e a Mini Europa. O ADAM (Art & Design Atomium Museum) concentra-se em obras de design dos séculos XX e XXI. Já a Mini Europa é um parque em miniatura com reproduções de monumentos da União Europeia (cerca de 80 cidades e 350 edifícios estão representados). Optamos por não visitar nenhum dos dois por conta da falta de tempo, assim como os parques e demais atrações existentes nos arredores do Atomium. Mas de fato para explorar bem essa região seriam necessários mais do que um roteiro de 2 dias em Bruxelas.
Parque do Cinquentenário
Para a sequência do roteiro será necessário pegar novamente o metrô e/ou ônibus. A sugestão é ir diretamente para a outra ponta mais extrema do nosso roteiro, até o Parc du Cinquantenaire (Parque do Cinquentenário), que fica no Bairro Europeu, e de lá voltar caminhando novamente em direção ao centro de Bruxelas.
Se você gostar de visitar parques e atrações ao ar livre durante as viagens, essa região concentra alguns das mais interessantes áreas de lazer de Bruxelas. A começar pelo próprio Parque do Cinquentenário (ou Jubelpark em holandês). São 30 hectares de parque com direito a muito verde, fontes e banquinhos para sentar e curtir a beleza do local.
Além obviamente das belezas naturais, o maior destaque fica por conta do imponente Arco do Triunfo. Construído em 1880 para a comemoração dos 50 anos da independência belga, o imenso monumento com edifícios anexos lembra bastante o Portão de Brandenburgo de Berlim, na Alemanha. Hoje os edifícios abrigam o Museu Militar, o Cinquantenaire Museum, de história e arte, e o AutoWorld, com a temática de carros.
Distrito Europeu
Saindo do Parque do Cinquentenário, a ideia é caminhar pelas ruas do Bairro ou Distrito Europeu. Esse é um bairro bem interessante, daqueles que nos fazem imaginar como seria a vida morando na cidade. Por um lado o bairro é famoso por concentrar os imponentes prédios das Comissões Europeias e do Parlamento, e suas ruas principais tem mesmo essa atmosfera mais business. Para quem tem interesse em saber mais sobre o tema da política na União Europeia, o Parlamento possui até um espaço aberto a visitação.
Mas de outro lado, basta se afastar um pouquinho da avenida principal e dos prédios corporativos para encontrar uma Bruxelas charmosa e residencial, de edifícios belíssimos, parques, escolas, onde a vida real dos moradores locais acontece. Longe da confusão dos turistas, é possível vivenciar uma Bruxelas com menos atrativos turísticos mas ainda assim atraente, pulsante. Uma das regiões que mais nos encantou foram os arredores da Square Ambiorix com seus belos jardins cercados de casas com fachadas belíssimas.
Ainda em direção ao centro de Bruxelas, não deixe de visitar o Parc Léopold, outra agradável área de lazer da cidade. Nos dias de calor, os gramados ficam tomados de estudantes e pessoas que moram/trabalham nos arredores. No lago central, as famílias de patos e demais aves são um espetáculo a parte. 🙂
Centro de Bruxelas
Se você seguiu todas as atividades desse segundo dia em Bruxelas, provavelmente chegará novamente ao centro no final da tarde. Nesse último final de tarde/noite em Bruxelas, a dica é deixar livre para revisitar algo que não conseguiu conhecer direito, ou o que não deu tempo de fazer no primeiro dia. Vale também usar o tempinho extra para compras: chocolate belga é sempre uma ótima pedida, das lojas artesanais até as marcas vendidas nos supermercados. E para quem é cervejeiro, a boa é aproveitar para se perder nesse paraíso das cervejas!
Dicas para dias extras em Bruxelas
Bate-volta até Gent e Bruges
Para quem tem um dia extra em Bruxelas, uma sugestão é fazer um bate-volta de 1 dia até as lindas e medievais Gent e Bruges. As cidades ficam a apenas 1 hora de Bruxelas, e podem ser visitadas tanto de trem quanto em passeios / excursões como essa da Get Your Guide:
Free Tour e Ônibus Turístico
Outra forma de aproveitar qualquer tempo livre em Bruxelas para conhecer um pouco mais da cidade é realizando um Free Tour — isso mesmo, um tour guiado inteiramente gratuito pela cidade e repleto de informações que só um guia local pode passar. Para isso, basta escolher uma das opções da lista abaixo e fazer sua reserva gratuitamente:
Além dos tours gratuitos, Bruxelas ainda conta com o serviço do ônibus turístico para que pretende fazer um giro pelas principais atrações da cidade no menor tempo possível.
+ Ônibus turístico em Bruxelas
Gostou das sugestões? Ficou com alguma dúvida sobre o que fazer em Bruxelas? Deixa sua pergunta ou comentário aí embaixo que a gente responde! 🙂
Onde ficar em Bruxelas?
Bruxelas como um todo é uma cidade grande para padrões europeus, composta ao todo por 19 distritos (alguns bem distantes do centro). Como o mais provável é que você passe 99% do seu tempo em Bruxelas no centro ou no bairro Europeu (que concentram as principais atrações à exceção do Atomium), o ideal é ficar o mais próximo possível para evitar perder tempo com deslocamentos. Por conta disso, nossas sugestões de onde ficar em Bruxelas são: Centro; Distrito Europeu ou Saint-Gilles.
Dica de hotel no Centro de Bruxelas: Hilton Brussels Grand Place
Dica de hotel no Distrito Europeu: Martin’s Brussels Hotel
Dica de hotel em Saint-Gilles: Ibis Styles Hotel Brussels Centre Stéphanie
E se quiser pesquisar por mais hotéis em Bruxelas, é só consultar o mapa abaixo com as melhores ofertas de hotéis e apartamentos em Bruxelas oferecidas pela Booking.
Booking.com+ Onde ficar em Bruxelas: melhores bairros e hotéis para se hospedar na capital da Bélgica
Qual a melhor época do ano para conhecer Bruxelas?
Essa é uma escolha bastante pessoal e vai depender muito do estilo de cada viajante. Como em boa parte da Europa, Bruxelas é uma cidade de inverno relativamente rigoroso para padrões brasileiros (com dias curtos, maior incidência de chuvas e boas chances de nevar).
Em relação ao planejamento do seu roteiro por Bruxelas, o que muda em função da época do ano escolhida é que no verão provavelmente seu dia irá render mais. O horário de funcionamento de algumas atrações costuma ser ampliado, e fica mais fácil cumprir um roteiro cheio por conta dos dias mais longos. Apesar do clima temperado, houve verões em que a temperatura em Bruxelas beirou os 40 graus! Por isso montamos esse guia da mala de viagem no verão. Já no inverno, frio, neve e dias mais curtos podem atrapalhar e exigir mais tempo do que o planejado. E novamente é importante estar atento à saúde e se agasalhar. Leia nossas dicas com os 10 itens essenciais para levar na mala de inverno.
Existem ainda atividades e atrações que só funcionam em determinadas épocas do ano. Os mercados de Natal de Bruxelas, por exemplo, só acontecem nos meses de dezembro. Outra época muito interessante para visitar Bruxelas é durante a realização do evento Flower Carpet, quando um enorme tapete de flores é montado em plena Grand Place, a mais icônica praça de Bruxelas. O evento acontece de 2 em 2 anos, sempre no mês de agosto. Nós estivemos por lá nessa época e amamos!
Independente da sua escolha, no fim das contas, esse roteiro funciona tanto para o Verão em Bruxelas quanto para Outono em Bruxelas, Inverno em Bruxelas ou Primavera em Bruxelas.
Transporte em Bruxelas: Brussels City Card ou ônibus hop on hop off?
Como em quase toda capital europeia, a caminhada e o transporte público serão os melhores meios de locomoção por Bruxelas. Apesar de possuir um centro histórico relativamente pequeno, Bruxelas possui algumas atrações mais afastadas que justificam a necessidade de utilizar o metrô ou ônibus.
O transporte público de Bruxelas utiliza o sistema de bilhetes unificados, de forma que o mesmo bilhete vale para ônibus, metrô, bonde ou uma combinação entre eles. Para quem pretende utilizar o transporte apenas pontualmente, a maneira mais simples é comprar nas estações de metrô o bilhete de 1 hora (a partir de €2,10) ou o bilhete de 24 horas (€7,50). Esses bilhetes precisam ser validados a cada utilização, dentro do veículo.
Para quem além de usar o transporte público pretende visitar alguns museus da cidade, nossa sugestão é o Brussels City Card. É um cartão da cidade de Bruxelas que dá direito ao transporte público ilimitado e também a uma série de benefícios como acesso gratuito a museus e descontos em atrações e restaurantes. Com preços a partir de €34,50, esses cartões podem ter validade de 24h, 48h ou 72 horas. Nós utilizamos o cartão de 48 horas. O procedimento de compra pode ser feito online pelo site Brussels City Card.
Ainda dentro da cidade, o bom e velho ônibus turístico hop on hop off é sempre uma boa para quem está turistando. Em Bruxelas, a City Sightseeing (uma das líderes mundiais no segmento de ônibus turísticos) oferece o serviço com opções de 24h ou 48h para você circular livremente pelas principais atrações da cidade.
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E para quem estiver à procura de serviço de transfer para o Aeroporto de Bruxelas, aqui vai uma dica:
Onde comer em Bruxelas?
Bruxelas tem uma grande variedade de restaurantes, bares, cervejarias, cafés e claro, lojas de chocolate belga!!! Entre os pratos típicos que você não pode deixar de provar estão o Stoofvlees ou Flamish Carbonnades – uma carne de panela com molho e acompanhada de batata frita (claro!) – além do Vol-au-vent, um molho de queijo super cremoso picante com iscas de frango sobre uma cama feita de massa folhada e mais batata frita! Para conferir as nossas dicas de bares, restaurantes e lojas de chocolate, confira o post que preparamos sobre onde comer em Bruxelas:
+ Leia também: 9 dicas de onde comer e beber na capital da Bélgica
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Suas dicas foram direto ao ponto, só lugar legal. E o Delirium Café e Moeder Lambic são paradas obrigatórias pra quem curte boas cervejas. Adorei o post.
Valeu Johnnie! Valeu pelo feedback e que bom que as dicas ajudaram! 🙂