Pensando em viajar para Campos do Jordão? Seja nas férias, no feriado prolongado ou num simples final de semana, a cidade serrana é um dos destinos internos mais requisitados. Não por acaso. Afinal, Campos do Jordão é conhecida como a “Suíça Brasileira” por conta do clima (quase sempre friozinho), da gastronomia e da arquitetura de suas casas que remete ao estilo europeu. Nesse post, preparamos um roteiro para 2 dias em Campos do Jordão. Se você estava a procura de o que fazer em Campos do Jordão, chegou ao lugar certo. Aqui tem todas as informações sobre os passeios e principais atrativos turísticos, dicas gastronômicas, indicação de onde se hospedar e até mesmo as “roubadas” que você deve evitar na cidade.
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Dia 1: Mosteiro Beneditino, Vila Capivari e Morro do Elefante | O que fazer em Campos do Jordão
Chegamos em Campos do Jordão por volta das 13h30, vindo diretamente do aeroporto de Congonhas de carro alugado (de 2h a 3h de viagem) Após deixarmos as malas no Hotel Nacional Inn, saímos para aproveitar ao máximo o dia.
Mosteiro de São João (Beneditinos)
Iniciamos o roteiro pelo Mosteiro de São João, um mosteiro só de Monjas da ordem Beneditina. A igreja em si é simples, mas o local como um todo é muito bonito e bem cuidado, passando uma sensação de paz e tranquilidade incríveis.
Infelizmente não conseguimos pegar a lojinha aberta. Dizem que o pão de abóbora e o bolo de fubá são deliciosos! Por conta disso, uns 20 ou 30 minutos foram suficientes para visitar e conhecer todo o espaço. Ainda demos a sorte de presenciar um momento de oração das monjas, belíssimo!
O Mosteiro fica aberto para visitação todos os dias, e no final da tarde (as 17h45) acontece um recital de canto Gregoriano. Para quem gosta, fica a sugestão de deixar a visita para mais tarde. 🙂
Mercado Municipal
De lá aproveitamos para conhecer rapidamente o Mercado Municipal de Campos do Jordão. E bota rapidamente nisso! 🙂 Já havíamos notado que nenhum blog ou site de viagens mencionava o mercado municipal como um ponto de visitação, mas como geralmente adoramos esse tipo de mercado, demos uma chance. Mas esse é realmente bem simples, não vale a visita (nem as fotos). Só não dá pra dizer que foi uma roubada total porque fica realmente do lado do Mosteiro, então gastamos no máximo 10 minutos pra perceber que não valia a pena.
Vila Capivari
Pegamos o carro e seguimos para a badalada Vila Capivari, o bairro mais famoso e turístico da cidade. De fato, grande parte do que o turista espera encontrar em Campos do Jordão está concentrado na Vila Capivari. A região é composta por ruazinhas bem gostosas de caminhar, com casas de arquitetura em estilo europeu. Várias ruas são apenas para pedestres, se tráfego de veículos, o que deixa o passeio ainda mais tranquilo e gostoso. Entramos e saímos de várias galerias comercias repletas de lojas de vestuário e produtos coloniais. Mas o charme fica mesmo por conta das ruelas cheias de bares, restaurantes e lojas de chocolates por todos os lados.
Entretanto, o rótulo de “região turística” vem acompanhada de preços altíssimos! Os valores nessa região são bem salgados, seja comparando com áreas nobres do Rio de Janeiro (que já é uma cidade cara), seja comparando com cidades turísticas de mesmo estilo (como Gramado, na Serra Gaúcha), ou mesmo comparando com cidadezinhas turísticas europeias. Nesse dia, optamos por um almoço rápido e mais “em conta” (ainda assim na faixa dos R$50 por cabeça) no restaurante Mountain Club (comida ok, nada demais) e compramos chocolates na Sabor Chocolate (ótimo atendimento e chocolates muito gostosos), mas definitivamente não é uma cidade para compras.
Morro do Elefante (teleférico)
De lá pegamos o carro novamente e subimos o Morro do Elefante, mais um ponto turístico da cidade. Outra opção para a subida é utilizar o tradicional teleférico de Campos do Jordão (R$25 por pessoa). Entretanto, nos decepcionamos um pouco com o estado de conservação (tanto do Morro do Elefante quanto do teleférico). A impressão é que ambos pararam nos anos 80/90 e permanecem por lá sem o devido (e merecido) cuidado. Toda a região do mirante localizada no topo do Morro do Elefante nos pareceu em profundo estado de abandono: bar fechado, muros pichados, construções largadas.
Apesar disso, mesmo com o tempo fechado, a vista da cidade e da serra da Mantiqueira é bem bonita e ainda vale a subida. Dedique de 20 a 30 minutos no máximo para essa atração.
Sans Souci: Chocolate quente
Já era finalzinho de tarde, e descemos em direção ao hotel para um pequeno descanso. Antes, resolvemos parar para um chocolate quente no Sans Souci, que ficava bem na esquina da rua do nosso hotel. O local foi um tremendo achado: como eles mesmos se definem no site oficial, “é um mix de bistrô, café e confeitaria em Campos do Jordão, cuja decoração remete às melhores brasseries francesas”. A definição é precisa, e adoramos nossa experiência por lá, do atendimento a qualidade das bebidas.
Jantar na Vila Capivari
Após descansar um pouco e aproveitar a piscina e sauna do Hotel Nacional Inn, à noite voltamos para a Vila Capivari para passear pelas ruas iluminadas (e com o friozinho noturno), claro, como bons cervejeiros, jantar e beber no restaurante da Baden Baden. Entre várias opções de pratos da culinária alemã, pedimos um “mix” que servia 4 pessoas e vinha um pouco de tudo: wurst, joelho de porco, lombo, chucrute e batatas (cerca de R$200 o prato). Pedimos também alguns chopes e aproveitamos pra comprar a caneca da Baden Baden para a nossa coleção. 🙂
O ambiente e o serviço em geral foram muito bons. As críticas vão mais uma vez para os preços (como pode o chope e a cerveja da Baden Baden custar mais caro na cidade em que são produzidas do que em qualquer outro lugar do Brasil?) e para a pouca variedade de estilos de chope (só tinha “claro” e “escuro”).
Pra encerrar a noite, dividimos um apfelstrudel. Se você não for muito fã de cerveja ou da culinária alemã, uma boa pedida é experimentar uma sequência de fondues em um dos vários restaurantes especializados.
Dia 2: Estrada de Ferro e Parque Amantikir | O que fazer em Campos do Jordão
Estrada de Ferro
Dia de levantar cedo para aproveitar bem as últimas horas em Campos do Jordão (a tarde voltaríamos para São Paulo). Após o café da manhã no Hotel Nacional Inn, aproveitamos para caminhar um pouco pelas ruas mais próximas e conhecer a estrada de ferro que corta a parte mais central da cidade. Infelizmente o transporte ferroviário é muito pouco explorado em nosso país, principalmente para finalidades turísticas, e nesse sentido é bem legal ver que em Campos de Jordão ainda existe a opção de cortar a cidade de trem através dessa ferrovia.
De hora em hora é possível embarcar em um trem que faz o percurso turístico pela cidade (R$15 por pessoa). Também existem trajetos que permitem conhecer cidades vizinhas com todo o glamour das viagens de trem (se quiser mais informações, vale consultar o site oficial). Nós optamos por caminhar margeando os trilhos da estrada de ferro, fotografando e observando o dia a dia da cidade e dos moradores. As folhas amareladas pelo outono tornavam a paisagem bucólica e encantadora, ao passo que observávamos pelo caminho um contraste entre belas casas de arquitetura européia e outras construções menos cuidadas, até com um certo ar de abandono.
Almoço em Campos do Jordão
Após o check out, almoçamos na cantina Nonna Mimi, cuja especialidade eram as massas feitas na casa. O restaurante foi uma grata surpresa: ambiente acolhedor, bom atendimento e boa comida a preços na média da cidade. Comemos uma lasanha verde aos 4 queijos que era muito bem servida para 2 pessoas (R$90).
Parque Amantikir
Após o almoço, tínhamos programado cerca de 2h à 3h para dedicar a uma das atrações dos arredores da cidade. Campos do Jordão tem uma série de opções de parques e passeios dos mais diversos estilos há poucos quilômetros do centro, e após pesquisar bastante, optamos por conhecer o Parque Amantikir. Pra quem gosta de contato com a natureza, o parque Amantikir é sem dúvida uma das melhores atrações para se visitar em Campos do Jordão. O preço é justo para a experiência oferecida – o parque é belíssimo e muito bem cuidado, acima até do que esperávamos. Contamos tudo com detalhes no post: Amantikir, em Campos do Jordão: conheça os “Jardins que falam”.
Após o passeio, era hora de encerrar nossa viagem por Campos do Jordão e pegar a estrada em direção a São Paulo.
Nossa impressão final de Campos do Jordão foi a de uma cidade marcada por muitos contrastes: ao mesmo tempo que atrações como a Vila Capivari, a cervejaria Baden Baden e o Parque Amantikir confirmam as melhores expectativas do turista, atrações como o Morro do Elefante e uma boa parte do que se observa às margens da estrada de ferro dão a impressão de que os tempos de glória ficaram para trás. Aliado a isso, achamos os preços dos restaurantes e lojas em geral bem acima dos praticado em cidades igualmente turísticas no Brasil e no mundo, deixando a desejar na relação “custo-benefício” oferecida. Ainda assim, um destino bastante desejado e que vale a vista, especialmente para quem nunca visitou a cidade e estiver em São Paulo ou arredores.
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As duas melhores regiões para se hospedar em Campos do Jordão são Capivari (onde fica de fato a parte mais turística da cidade) ou os bairros próximos a Capivari e a linha de trem, como por exemplo Vila Iara. Nessas áreas ficam concentrados os principais hotéis e restaurantes da cidade, além dos pontos turísticos e atrações de Campos do Jordão.
Já demos a dica do hotel Hotel Nacional Inn, mas para continuar procurando pelos melhores hotéis de Campos do Jordão com os menores preços, clique aqui e consulte na Booking.com.
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