O Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro fica localizado no conjunto arquitetônico que se desenvolveu a partir do Forte de Santiago, um ponto estratégico de defesa da cidade no século XVII, que fica em uma ponta de terra que avança sobre as águas da baía de Guanabara (no passado, entre as praias de Piaçaba e de Santa Luzia. Hoje é onde está localizado o Aeroporto Santos Dumont).
Mas foi no início do século XX que o local foi adaptado e ganhou novas funções: Pavilhão das Grandes Indústrias da “Exposição Internacional de 1922” que celebrou o centenário da Independência do Brasil. Nesse mesmo ano, o pavilhão abrigou o núcleo inicial do que se tornou o Museu Histórico Nacional.
Já na chegada, o prédio e os jardins impressionam, pelo cuidado e estrutura. O museu conta com 9.000m² de área aberta ao público, galerias de exposições de longa duração e temporárias; a biblioteca especializada em História do Brasil, História da Arte, Museologia e Moda; o Arquivo Histórico Nacional com importantes documentos e do Centro de Referência Luso-Brasileira, com ampla bibliografia e documentação sobre Brasil e Portugal.
Apesar disso, o Museu Histórico Nacional não é tão conhecido entre os moradores da cidade, e mesmo entre os turistas sua visita costuma ser preterida por conta dos museus mais “na moda” como o Museu do Amanhã ou o MAR. Por conta disso, a visita acabou nos surpreendendo positivamente, pois não esperávamos um acervo tão rico, tão extenso e tão bem conservado e a apresentado.
Circuito de Exposições
Ao passar pelo recepção para comprar o ingresso, o visitante tem a opção de deixar mochilas, casacos e objetos no guarda-volumes sem custo. Ali também ficam localizados os banheiros e bebedores.
Para acessar o circuito de exposições de longa duração, basta observar o entorno já no térreo, onde painéis contam a história do conjunto arquitetônico e já é possível observar a escultura de D. Pedro II, imponente sobre seu cavalo.
A partir do segundo pavimento, ao subir pela escada rolante (sim, o acesso é por escada rolante, o que facilita para quem tem mobilidade reduzida), a gente entra na mostra com peças e relíquias que contam a história do nosso país. O acervo está organizado de acordo com épocas que iniciam na linha do tempo a partir do período anterior a chegada de Pedro Álvares Cabral (Pré-Cabralina), passando pelas navegações portuguesas no mundo e a construção do Brasil como um estado nacional, para então chegar ao período contemporâneo de afirmação do direito à cidadania.
Oreretama – época pré-cabralina
Portugueses no Mundo – 1415 a 1822
A Construção da Nação – 1822 a 1889
A Cidadania em Construção – 1889 à atualidade
Ao longo da visita também existem alguns espaços onde o acervo rompe com essa “timeline” em que é contada a narrativa da história. Em um desses momentos, é possível conhecer a farmácia homeopática Teixeira Novaes, uma reprodução perfeita de uma farmácia que ficava no centro do Rio, onde ainda hoje o prédio existe mas já não está conservado com as mesmas características de época.
Destaques da exposição
Em um acervo tão grande, é difícil e até injusto escolher alguns poucos destaques. De qualquer forma, acho que vale ressaltar a importância da coleção de moedas, a maior da América Latina, que conta com preciosidades como essa aí da foto, de 1499.
Ainda entre as peças importantes, vale mencionar um dos tronos do imperador D. Pedro II. E esse quadro aí debaixo também tem uma história bem curiosa e engraçada. Há alguns anos, um dos seguranças que trabalhava no Museu nunca havia reparado que a pintura original era bastante danificada na região do rosto de D. Pedro. Um certo dia ele precisou se ausentar por 5 minutos de seu posto, e quando voltou, ele enfim “reparou” que o quadro estava danificado. Mas o coitado achou que alguém havia se aproveitado da sua saída para “vandalizar” o quadro, e ficou simplesmente desesperado com a situação! Quer dizer, pra ele a história não foi muito engraçada, né? Rsrsrs
Do móvel ao automóvel
Um momento complementar a exposição de longa duração é a visita a mostra “Do Móvel ao Automóvel”, que reúne peças como cadeirinhas, carruagens, berlindas e os primeiros carros a circular no Rio de Janeiro, contando a evolução dos automóveis no decorrer da história.
Pátio dos Canhões
Em um dos jardins internos aberto, está o importante acervo do Pátio dos canhões, que guarda uma bela coleção de canhões, reunindo exemplares de Portugal, Inglaterra, França, Holanda e do Brasil. Tem ainda um canhão que era do Paraguai e vez ou outra o país vizinho tenta, sem sucesso, negociar para levar de volta ao seu acervo.
Vale a pena visitar o Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro?
Ficamos verdadeiramente surpresos com o acervo que encontramos no Museu Histórico Nacional, pela sua importância e pela quantidade de itens com tamanha conservação e organização. O acervo superou muita coisa que a gente viu nos últimos anos em museus “gringos” muito mais badalados. Por um valor super justo (diria até que bem barato), é possível passar um tempo muito agradável aproveitando a exposição e o próprio espaço físico do Museu Histórico Nacional.
A visita não só vale a pena em termos de experiência turística como é uma excelente oportunidade de relembrar fatos da história do Brasil que a gente estuda no Ensino Fundamental. No meu caso, descobri muitos objetos e informações que não eram acessíveis ou mesmo que passaram batidas à época em que estudei o período histórico retratado.
A forma cronológica como todo o acervo é organizado e exposto é bem didática. Foi uma super aula de história e ainda fiquei com vontade de voltar outras vezes com amigos e familiares, para interagir e discutir sobre acontecimentos. Quem sabe até desenvolver um curta e reviver minha época de produtora de cinema. 😀
Quanto custa?
Em 2020, o valor da entrada para as exposições de longa duração era de R$ 10,00 a inteira e R$ 5,00 a meia entrada.
Aos domingos a entrada é gratuita. Para informações atualizadas, consulte o site oficial do Museu.
Quanto tempo leva a visita?
Em relação ao tempo de visita, sempre depende de vários fatores. No nosso caso, levamos mais ou menos 1 hora e meia no total. Percorremos todo o circuito tirando fotos, estudando algumas peças com mais detalhamento e observando outras com mais rapidez. Em alguns momentos até mesmo descansando um pouco sentadinhos, como no caso do Pátio dos Canhões, um espaço ao ar livre que inspira uma paradinha para contemplar.
Quando ir?
O Museu Histórico Nacional funciona de terça a sexta, das 10h às 17h30 e Sábados, domingos e feriados das 13h às 17h.
Lembrando que aos domingos a entrada é gratuita.
Como chegar?
O Museu Histórico Nacional fica no Centro do Rio, em uma região super abastecida de opções de transporte que vão desde barcas (fica bem perto da estação das barcas), metrô (Estação Cinelândia), VLT, ônibus, bicicletas, além dos táxis e aplicativos de carona. Por isso, é super fácil de chegar utilizando a infra-estrutura de transporte público da cidade.
Museu Histórico Nacional
Endereço: Praça Marechal Âncora s/n°, Centro – Rio de Janeiro – RJ – CEP: 20021-200
Telefone: (21) 3299-0324
Onde se hospedar no Rio de Janeiro
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