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O que fazer em Montevidéu no inverno: roteiro de 8 dias na capital do Uruguai

Em nossa viagem pelo Uruguai, dedicamos um total de cerca de 8 dias a Montevidéu e 2 dias a Colônia do Sacramento (arredondando com os dias que dividimos entre as 2 cidades). Em muitos sites e blogs de viagem encontramos roteiros dizendo que somente 2 ou 3 dias seriam suficientes para conhecer toda a capital uruguaia, mas sinceramente eu recomendaria no mínimo de 4 a 5 dias inteiros, especialmente se a sua viagem for no inverno. Há muito o que fazer em Montevidéu, e já que viajou até o Uruguai, por que não conhecer a capital do país com toda a calma e profundidade que ela merece?

Claro que isso depende do estilo de viagem que cada um prefere fazer. Mas a verdade é que, especialmente no inverno, o frio torna tudo mais lento. Dias mais curtos e com grande probabilidade de chuva certamente irão atrapalhar os seus planos. Montevidéu no Inverno pode ter longos períodos de chuva, o que deixa as ramblas e parques bem vazios. Em compensação, a Ciudad Vieja ganha ares de Europa com as árvores desfolhadas e as pessoas todas encasacadas. Já pensou se no único dia dedicado para caminhar pela Ciudad Vieja resolve desabar um temporal? Sua experiência (e suas fotos) vão ficar muito piores do que poderiam.

Por isso, eu sempre parto do princípio de que, se eu resolvi investir em uma viagem, eu tenho que fazer um planejamento mínimo para de fato aproveitar aquela cidade, e não passar correndo e fotografando somente os pontos turísticos.  E a época do ano vai influenciar em muita coisa do seu planejamento – a começar pela quantidade de roupas na mala de viagem, passando pela escolha da região a visitar ou o estilo de viagem a se fazer.

Nesse post, vamos dar dicas e informações para você montar o seu roteiro de viagem à Montevidéu durante o inverno. A partir das nossas experiências, a ideia é mostrar o que fazer em Montevidéu nesse período do ano em que os dias são mais curtos, mostrando como aproveitar ao máximo a sua viagem, mesmo nos dias de (muita) chuva.

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O que fazer em Colônia do Sacramento

Dia 1 – chegada a Montevidéu

Chegamos de madrugada no aeroporto de Carrasco e pegamos um transfer com a ‘Airport Transfer Uruguay até o hotel Palladium Business, no bairro Buceo, onde ficamos hospedados na primeira parte da viagem. Acordamos por volta das 10h30 e começamos o dia procurando uma casa de câmbio para trocar reais por pesos uruguaios.

#dicaviajaredemais: a melhor casa de câmbio que encontramos ao longo de toda a viagem foi a Varlix do Shopping Montevideo.

Pocitos: arquitetura e o melhor alfajor de Montevidéu

Com dinheiro devidamente trocado, caminhamos um pouco pelas ruas do bairro do Buceo em direção ao Centro de Montevidéu. Cruzamos a parte norte da região de Pocitos, onde encontramos a incrível Pollo y Pico e seu alfajor que é simplesmente o melhor de Montevidéu.

O que fazer em Montevidéu: uma avícola que além de frango, produz e vende um delicioso alfajor artesanal
O que fazer em Montevidéu: uma avícola que além de frango, produz e vende um delicioso alfajor artesanal

Em todo esse trajeto tiramos muitas fotos de detalhes da arquitetura da cidade, um dos pontos mais interessantes de Montevidéu na nossa opinião. Foram muitas fotos de fachadas, casas, ruas e construções antigas mas bem conservadas (não só nesse dia, mas em toda a viagem).

O que fazer em Montevidéu: arquitetura
O que fazer em Montevidéu: arquitetura

Na sequência, seguimos pelo bairro Cordón, onde paramos para almoçar em um delicioso bistrô francês, o Café Gourmand.

+ Leia o artigo completo sobre o Café Gourmand

Parque Rodó

Após o almoço, foi a vez de visitar o Parque Rodó. Confesso que nos decepcionamos um pouco com a visita, talvez pelo parque estar com uma grande área em obras (incluindo a parte do lago), mas por conta disso não achamos nada demais. Os destaques para nós foram o chafariz principal e o pátio Andaluzia.

Parque Rodó, chafariz e Pátio Andaluzia
Parque Rodó, chafariz e Pátio Andaluzia

A gente tinha lido em alguns blogs que os churros vendidos no Parque Rodó eram espetaculares, e acabamos não resistindo e experimentando. Mas novamente, nada demais (comemos outros doces e ‘patisseries’ infinitamente melhores ao longo da viagem nos cafés e casas de chá de Montevidéu).

Churros no Parque Rodó
Churros no Parque Rodó

Rambla de Pocitos

O parque fica bem pertinho da rambla de Pocitos, e aproveitamos para dar uma “espiada” e aproveitar o tempo agradável para uma tarde de inverno.

O que fazer em Montevidéu: Rambla de Pocitos
O que fazer em Montevidéu: Rambla de Pocitos

A ideia era passar o final de tarde e início da noite por Pocitos. Caminhamos mais um pouco pela rambla e, quando começou a escurecer, demos uma paradinha para a ‘merienda’ da tarde no Doña Inés. Esse sim, delicioso e imperdível, com sua receita original de ‘dulce de leche caliente’! Muito amor por essa bebida! <3

+ Leia o artigo completo sobre o Doña Inés

Abaixo, um mapa com os principais pontos que visitamos nesse primeiro dia do roteiro em Montevidéu:

Dia 2 – Punta Carretas e Carrasco debaixo de (muita) chuva

Letrero Montevideo

O dia começou nublado e pela manhã conseguimos caminhar pela rambla de Buceo em direção ao ‘letrero Montevideo’, ponto turístico inevitável da cidade. Apesar do tempo fechado, conseguimos tirar umas fotos por lá, com a vantagem de não ter quase nenhum turista dividindo o espaço com a gente. Ainda assim, tinha um senhorzinho tentando nos vender uma foto que seria tirada por um drone (alta tecnologia!). Obviamente, dispensamos a foto. 🙂

O que fazer em Montevidéu: Letrero Montevideo
O que fazer em Montevidéu: Letrero Montevideo

Punta Carretas

A ideia na sequência era seguir a caminhada pela rambla até Punta Carretas, mas a chuva resolveu parar de dar trégua e começou a desabar. Agora sim, um dia típico do inverno em Montevidéu. Tentamos insistir, mas acabamos apelando para um táxi de rua mesmo que nos levou até Punta Carretas, onde almoçamos a primeira parrilla da viagem no restaurante Uruguay Natural. Comemos um assado de tira simplesmente espetacular!

+ Leia o artigo completo sobre o Uruguay Natural

Quando saímos, a chuva continuava forte (e depois descobrimos que ela se manteria assim o dia inteiro).

#dicaviajaredemais: Mais do que o frio e os dias mais curtos, as chuvas são o maior “obstáculo” para quem viaja para Montevidéu no inverno. Planeje seu roteiro já contando com a possibilidade de uma chuva forte impedir seu passeio pelos parques ou pela Ciudad Vieja, por exemplo.

Carrasco

Como não dava pra fazer muita coisa a pé, pedimos um uber para a região de Carrasco, que é bem afastada das regiões mais centrais. A chuva atrapalhou bastante o passeio (e principalmente as fotos), mas a região tem um pouco do “clima” de Punta del Este, com ruas de prédios e casas mais sofisticados e até um Hotel Cassino. Fica até a dica para quem não quiser ir para Punta del Este no inverno, quando quase tudo está fechado por ser fora de temporada.

Hotel Casino Carrasco
Hotel Casino Carrasco

Por sorte (e por adorarmos planejar tudo com antecedência), já tínhamos mapeado algumas opções de lojas, bares e restaurantes para visitar na região, justamente para o caso de não conseguirmos ficar muito tempo desabrigados da chuva. Aproveitamos então para conhecer a loja de chocolates Maria Pasión, onde tomamos um chocolate quente e saímos com alguns chocolates, é claro!

+ Leia o artigo completo sobre a Maria Pasión

Ao invés de melhorar, o tempo conseguiu piorar ainda mais. A chuva caía mais forte do que antes, e desistimos de qualquer plano de caminhar mais pelo bairro. Em dia de chuva, nada melhor para matar o tempo do que bebendo cerveja artesanal uruguaia na Carrasco Beer House.

+ Leia o artigo completo sobre a Carrasco Beer House

Abaixo, um mapa com os principais pontos que visitamos nesse segundo dia do roteiro em Montevidéu:

Dia 3 – Palácio Legislativo, MAM e Museo del Futbol

O dia amanheceu nublado e frio, mas sem chuva. Aproveitamos para tomar café da manhã numa padaria de bairro bem pertinho do nosso hotel, a Los Fontanes.

+ Leia o artigo completo sobre a Los Fontanes

Palácio Legislativo

Aproveitando o clima, decidimos economizar um pouco no transporte e pegamos um ônibus em direção ao Palácio Legislativo. Andar de ônibus no Uruguai não é nenhum mistério, dá pra pagar diretamente ao motorista e uma máquina gera um recibo que comprova o pagamento.

Montevidéu: andando de ônibus pela cidade
Montevidéu: andando de ônibus pela cidade

Conseguimos chegar a tempo da visita guiada ao Palácio Legislativo, a imponente sede do parlamento uruguaio. Além de lindíssimo por fora, é possível visitá-lo por dentro todos os dias úteis (de segunda a sexta) em 2 horários: as 10h30 ou as 15h00. O valor cobrado é de U$3 (dólares) por pessoa. Bem tranquilo e vale a pena. A visita leva de 30 a 45 minutos.

Montevidéu: Palácio Legislativo
Montevidéu: Palácio Legislativo

Mercado Agrícola de Montevidéu (MAM)

Dali partimos para o renovado Mercado Agrícola de Montevidéu (MAM), que se tornou um “point” para os turistas. Realmente o local é bem bacana, a começar pela sua arquitetura e fachada.

Montevidéu: Fachada do Mercado Agrícola
Montevidéu: Fachada do Mercado Agrícola

Por dentro, são stands e lojas de produtos locais ou típicos da cultura uruguaia, que vão desde frutas e legumes a mateiras ou lojas de artigos de couro. Até supermercado tem lá dentro, da rede Ta-Tá.

Montevidéu: Mercado Agrícola
Montevidéu: Mercado Agrícola

O local concentra ainda alguns bons restaurantes e se tornou um polo gastronômico, apesar dos preços de maneira geral serem bem salgados (mais até do que os preços do tradicional Mercado Del Puerto). Nós aproveitamos esse dia para experimentar o clássico chivito uruguaio ali mesmo no mercado, no Chivitos lo de Pepe.

Montevidéu: Almoçando um chivito do Mercado Agrícola
Montevidéu: Almoçando um chivito do Mercado Agrícola


Como dá pra ver pela foto, estava gostoso, mas acho que a expectativa era grande, principalmente pra gente que está acostumado a comer os enormes e deliciosos “xis gaúchos” típicos do sul do Brasil. Confesso que esperávamos mais, principalmente pelo preço, equivalente a uma refeição em um dos bons restaurantes que visitamos em Montevidéu. Mas valeu pela experiência! 🙂

Assim que saímos do MAM, adivinha? Sim, chuva! Nosso plano era de ir caminhando até a região do Parque Batlle e do Museo del Futbol, mas acabamos pedindo um Uber.

Museo del Futbol e Parque Batlle

Fizemos então a visita ao Museu do Futebol, que nos surpreendeu positivamente. Tinha lido algumas avaliações dizendo que o local era mal conservado, que tinha pouca coisa, mas achei a visita muito interessante. Até para quem nem gosta tanto assim de futebol, acho que é um passeio imperdível a ser feito! Tem até um momento de entrar no lendário Estádio Centenário de Montevideo. 🙂

Museu do Futebol de Montevidéu: o Estádio Centenário
Museu do Futebol de Montevidéu: o Estádio Centenário

+ Leia o artigo completo sobre a visita ao Museo del Fútbol (Museu do Futebol)

Apesar da vontade, a chuva não nos deixou fazer a visita ao Parque Batlle, mas o ideal é fazer as 2 coisas no mesmo dia (museu + parque), já que um fica colado no outro. Fica para uma próxima viagem. 🙁

Jantar no Bar Tabaré

Depois do dia longo, voltamos para o hotel para descansar e nos arrumar para o jantar. Nessa noite tivemos uma experiência memorável no Café e Bar Tabaré, um clássico de Montevidéu (não deixe de ir!).

+ Leia o artigo completo sobre o Bar Tabaré

Abaixo, um mapa com os principais pontos que visitamos nesse terceiro dia do roteiro em Montevidéu:

Dia 4 – Punta Carretas sem chuva

O dia amanheceu sem chuva (viva!), e lá fomos nós novamente caminhando pelas ramblas de Pocitos até o bairro de Punta Carretas. Dedicamos todo o período da manhã para nos perder pelas ruas da região.

Montevidéu: passeando pela Rambla de Punta Carretas
Montevidéu: passeando pela Rambla de Punta Carretas

Rambla de Punta Carretas

Depois de uma pausa para o almoço, mais caminhada pelas ramblas para queimar as calorias da comilança. Achamos esse trecho um dos mais bonitos de toda a orla de Montevidéu. Por ali, vale destacar a Plaza Canada, onde existe um deck por onde é possível caminhar “mar adentro” e tirar boas fotos.

Montevidéu: fotos no deck de Punta Carretas
Montevidéu: fotos no deck de Punta Carretas

Aproveitamos para estender a caminhada em direção ao Monumento ao Holocausto Judeu, seguindo por um lado da rambla que ainda não conhecíamos. Quando uma leve chuva começou a cair, vimos que era um sinal para procurar um local mais abrigado e aproveitamos para conhecer o shopping Punta Carretas, um dos mais famosos de Montevidéu. A cidade nem de longe é um destino para compras, então na nossa opinião não adianta ficar perdendo muito tempo em lojas de roupa e coisas do tipo em nenhum dos shoppings da cidade. Então fomos fazer uma das coisas que mais gostamos em viagens: passear pelos supermercados do Uruguai! 🙂

Shopping Punta Carretas

No Uruguai é muito comum encontrar supermercados dentro dos shoppings. Nesse de Punta Carretas a gente gostou muito do Disco, um grande supermercado com preços bem interessantes para comprar tudo aquilo que nos interesse: alfajores e doce de leite! Rsrsrsrs  Saímos de lá com uma caixa fechada do alfajor Nativo, que ainda não havíamos experimentado (e que, para nossa surpresa, se mostrou um dos melhores alfajores uruguaios!).

Após esse primeiro momento de compras da viagem, descobrimos que no Shopping Punta Carretas havia uma filial da clássica Confiteria Carrera. Essa a gente já conhecida de nome, a partir de relatos de outros blogs de viagem, e aproveitamos a oportunidade para experimentar o doce mais famoso da confeitaria, o ‘Masini’. Quer saber se a gente gostou ou não? Confere lá:

 + Leia o artigo completo sobre a Confiteria Carrera

Quando saímos do shopping, o clima já estava bem diferente: a chuva deu espaço a um fog “londrino”, uma neblina serrada mesmo. Com a iluminação das ruas começando a funcionar, o clima da cidade estava super gostoso, pedindo por uma parada para um café quentinho em uma das muitas casas de chá uruguaias. Aproveitamos para visitar o simpático e concorrido Café Philomène, bem pertinho do shopping, e que nesse horário estava até com uma pequena fila na porta.

+ Leia o artigo completo sobre o Café Philomène

Após o café, aproveitamos a pausa da chuva para voltar caminhando em direção ao hotel, não pela rambla, mas pelas ruas de dentro da cidade. É nesse momento que a gente começa a se sentir quase como os locais da cidade, observando o dia a dia das pessoas, admirando a beleza das casas, a arquitetura das ruas, os pequenos comércios de bairro, enfim, a vida se desenrolando.

Montevidéu: pelas ruas de Punta Carretas
Montevidéu: pelas ruas de Punta Carretas

Jantar no Carbonada

A noite, adivinha? Mais parrilla! Dessa vez num lugar que tem “carvão” até no nome, o Carbonada. Delícia de noite, regada a cerveja artesanal uruguaia e música ao vivo de boa qualidade (coisa rara!).

+ Leia o artigo completo sobre o Carbonada

Abaixo, um mapa com os principais pontos que visitamos nesse quarto dia do roteiro em Montevidéu:

Dia 5 – Feira Tristan Narvaja e Mercado del Puerto

Domingo em Montevidéu é dia de… se perder pela Feira Tristán Narvaja! O nome da feira se deve a rua principal que ela ocupa, a Dr. Tristán Narvaja, na região do centro histórico da cidade. A feira acontece somente aos domingos, e é programa não só de turistas mas também de muitos uruguaios.

Feira Tristan Narvaja
Feira Tristan Narvaja

A feira consiste em quadras e mais quadras a perder de vista na região central da cidade, onde vende-se de tudo: frutas, verduras, café brasileiro, “brownies mágicos” (uns bolinhos de maconha que estão por todo lugar), roupas, quadros, etc.

Feria Tristan Narvajo: Frutas, objetos de decoração, roupas e até "brownies mágicos"
Feria Tristan Narvajo: Frutas, objetos de decoração, roupas e até “brownies mágicos”

Mas o grande charme da feira esta justamente nas barracas de objetos antigos e de decoração que são vendidos por lá. São placas de rua, brinquedos e embalagens de produtos antigos, ferramentas, enfim, tem para todos os gostos. É óbvio que no meio disso sempre tem muuuuuuita quinquilharia, e achar um bom produto vai depender muito da sorte e do seu “talento” em identificar coisas legais em meio a tudo que é vendido. Rsrs

Intendência de Montevidéu: Mirador Panorâmico

O passeio pela feira pode tomar a sua manhã toda ou somente alguns poucos minutos, dependendo é claro do seu interesse por esse tipo de programa. Nós ficamos por cerca de 1h30 por lá, e emendamos o passeio com outra visita típica de um domingo (essa quase exclusiva para turistas): subir o prédio da Intendência de Montevidéu até o ‘Mirador Panorâmico‘, um mirante de onde se pode ver a cidade de cima, do alto de seus 22 andares.

O prédio da Intendência de Montevidéu (uma espécie de prefeitura) fica na Avenida 18 de Julio número 1360, e dá pra ir caminhando a partir da feira Tristan Narvaja. Achar o prédio em si é fácil, o difícil é achar a portinha que dá acesso ao elevador panorâmico, que fica numa espécie de garagem/túnel na lateral do prédio. Nem vou tentar explicar, é mais fácil perguntar na hora a algum dos funcionários do local. Rsrsrs

A primeira coisa legal do passeio é que ele é gratuito! A gente tinha lido em outros blogs que era preciso pegar uns tickets antes de subir pelo elevador panorâmico, mas dessa vez que nós fomos não precisava nem dos tickets, era só chegar e subir. Além disso, o local estava beeeeem vazio (talvez ajudado pelo tempo fechado), e só tinha brasileiro por lá.

Montevidéu: elevador panorâmico que leva ao mirante também panorâmico
Montevidéu: elevador panorâmico que leva ao mirante também panorâmico
Montevidéu: mirante panorâmico da Intendencia
Montevidéu: mirante panorâmico da Intendencia

A subida em si já é bacana, porque o elevador é panorâmico e aos poucos você já começa a ter uma ideia da vista da cidade por esse ângulo diferente. O 22º e último andar é justamente o mirador, e basicamente é isso que tem pra fazer lá de cima: observar a cidade por diferentes ângulos. Existem algumas plaquinhas que indicam pontos chave da cidade a serem observados, e facilitam na tarefa de identificar os locais mais importantes. A gente deu um certo azar que a chuva resolveu voltar justamente nesse momento, então ficamos lá em cima cerca de 15 minutos e descemos. Mas é um passeio que não toma muito tempo e vale a pena, principalmente em um dia de céu limpo.

Fonte dos Cadeados

Dali seguimos pela avenida principal até a Fonte dos Cadeados que fica bem em frente ao tradicional Bar Facal, um dos mais antigos de Montevidéu.

Montevidéu: fonte dos cadeados em frente ao Bar Facal
Montevidéu: fonte dos cadeados em frente ao Bar Facal

Mercado del Puerto

A gente até ensaiou uma entradinha no bar, mas os preços são muito caros e seguramos a fome para o Mercado del Puerto, a próxima parada do nosso roteiro. Dali até o mercado é uma caminhada boa, de cerca de 20 a 30 minutos. Pelo caminho já tivemos alguns “spoilers” dos encantos da Ciudad Vieja, mas atravessamos tudo bem rápido pois teríamos 2 dias inteiros dedicados a essa parte da cidade. <3

Montevidéu: pelas ruas, à caminho do Mercado Del Puerto
Montevidéu: pelas ruas, à caminho do Mercado Del Puerto

Finalmente, chegamos no famoso Mercado del Puerto! Sem dúvidas é um local que deve entrar no seu roteiro, principalmente na primeira vez que você visita Montevidéu. Diferentemente de outros mercados públicos, esse é basicamente um centro gastronômico (com algumas poucas lojas, incluindo uma especializada em alfajores). Mas 90% do que tem lá são restaurantes, e quase todos tem como carro-chefe a parrilla uruguaia.

Não dá pra negar que o Mercado del Puerto é essencialmente um lugar turístico. Você até vai encontrar famílias locais por lá, mas o foco é o turista (em especial os brasileiros, que em geral adoram o Mercado). Particularmente, o que a gente achou mais bacana de lá foi a toda a caminhada pela Ciudad Vieja até chegar, e as parrillas dos restaurantes da área coberta, que ficam a vista do público e repletas de cortes de carne deliciosos. 🙂

Montevidéu: Mercado Del Puerto
Montevidéu: Mercado Del Puerto
Montevidéu: Mercado Del Puerto
Montevidéu: Mercado Del Puerto

Mas fora isso não tem muito o que fazer por lá. O passeio consiste em dar essa voltinha pelo mercado e decidir aonde vai comer. Aliás, taí uma tarefa complicada: escolher um único restaurante entre todas as opções existentes no Mercado del Puerto. Nossas pesquisas na internet (e até algumas indicações de locais) acabaram nos levando até o Cabaña Veronica, um dos restaurantes dessa área coberta do Mercado. A grande questão é que a oferta é de fato gigantesca, todos os garçons ficam tentando chamar a sua atenção, e no fim das contas, convenhamos que qualquer restaurante ali vai ser meio “turistada” mesmo.

Apesar de já ser super tarde, esperamos uns minutinhos pra conseguir lugar no Cabaña Veronica. Ganhamos até de brinde 2 taças do “Medio y Medio”, uma bebida super tradicional do Uruguai (que aliás é uma ótima dica de presente para trazer de Montevidéu).

Pedimos um ‘asado de tira’ (um corte de costela) que vinha acompanhado de batatas fritas. Estava bem bom (apesar de com pouquíssimo sal), mas confesso que passou longe de ser a melhor carne da viagem. Mas pelo menos teve toda aquela experiência que a gente precisa ter uma vez na vida, de sentar no balcão e olhar aquela ‘parrilla’ linda e lotada dos mais variados cortes de carne. 🙂

#dicaviajaredemais: sentando no balcão o valor dos ‘cubiertos’ fica muito mais baixo do que sentando nas mesas (coisa de 5x mais barato).

Ficamos surpresos também com os preços, não muito diferentes dos demais restaurantes de Montevidéu. É uma boa opção para o dia da visita ao Mercado del Puerto, muito por conta da experiência quase obrigatória de fazer uma refeição por lá.

Ainda dentro do Mercado del Puerto, aproveitamos que era dia de jogo decisivo do campeonato uruguaio de futebol e paramos para tomar umas cervejas artesanais na filial da Cervejaria Patagônia e nos misturar aos locais que assistiam a TV aos berros. Rsrsrs

+ Leia o artigo completo sobre a Cervejaria Patagônia

Jantar na Punta Sur Parrilla, em Punta Carretas

Cerveja pós almoço, depois de um dia de caminhada, e o resultado imediato é bater aquele soninho, né? Encerramos os trabalhos e fomos dar uma descansada no hotel para mais tarde curtir a noite nos bairros de Pocitos e Punta Carretas. A chuva ainda resolveu voltar pesada, mas fomos fortes e saímos assim mesmo pra mais um jantar delícia (mais parrilla!) no Punta Sur, em Punta Carretas.

+Leia o artigo completo sobre o Punta Sur

Abaixo, um mapa com os principais pontos que visitamos nesse quinto dia do roteiro em Montevidéu:

Dia 6 – Viagem para Colônia do Sacramento

Segunda-feira era dia de viagem para Colônia do Sacramento, onde passaríamos as 2 noites seguintes. O que aliás recomendo a todos que viajam para o Uruguai: passe pelo menos 1 noite em Colônia do Sacramento. A cidade é encantadora e merece mais do que um bate e volta de uma tarde.

+ Leia o artigo completo com o roteiro de 2 dias em Colônia do Sacramento

Por conta disso, nosso dia em Montevidéu foi bem curtinho, e se limitou a arrumar as malas, tomar café da manhã, ‘cambiar’ mais alguns pesos no shopping Montevideo e partir para o ‘Terminal Tres Cruces’ (a rodoviária de Montevidéu), de onde partia o nosso ônibus para Colônia.

O café da manhã aliás foi a melhor parte, graças ao atendimento das meninas do The Lab Coffee Roasters que nos brindaram com um cappuccino e um brownie inesquecíveis!

+ Leia o artigo completo sobre o The Lab Coffee Roasters

Dia 7 – De volta a Montevidéu: bem vindo a Ciudad Vieja

Após 2 dias em Colônia do Sacramento, estávamos de volta para os últimos 2 dias de viagem em Montevidéu (e no Uruguai), que prometiam ser bem intensos. Afinal, seriam dias dedicados a Ciudad Vieja – que mais tarde descobrimos ser região que mais gostamos em Montevidéu. Ainda demos sorte que foram 2 dias de sol e calor em pleno inverno uruguaio (temperaturas na casa dos 19º/20º durante o dia e céu azul). \o/

Plaza Independencia e Palacio Salvo

Nada melhor do que começar o dia por um dos símbolos máximos da arquitetura de Montevidéu: o Palácio Salvo, localizado na igualmente impressionante Plaza Independencia.

Montevidéu: Palácio Salvo
Montevidéu: Palácio Salvo

A experiência é ainda melhor quando você fica hospedado no Palácio Salvo. Não sabia que isso era possível? Pois é, a gente se hospedou em um dos apartamentos da Salvo Suítes que faz um esquema tipo Airbnb, só que com uma empresa por trás. Eu não fazia ideia que os apartamentos eram tão espetaculares e que custavam menos do que os hotéis, senão teria ficado a viagem toda por lá. <3

Montevidéu: Palácio Salvo
Montevidéu: Palácio Salvo

+ Leia o artigo completo sobre como se hospedar no Salvo Suítes, dentro do Palácio Salvo

Depois de passar um tempo admirando o interior do histórico Palácio, deixamos nossas malas no quarto e fomos desbravar a “Ciudad Vieja’. Começamos cruzando a Plaza Independencia, admirando toda a beleza de seus jardins, das construções a sua volta e, claro, a imponente estátua do General Artigas montado em seu cavalo. 

Montevidéu: Plaza da Independencia com a Estátua do General Artigas
Montevidéu: Plaza da Independencia com a Estátua do General Artigas

Após cruzar a praça, paramos para o almoço no clássico Café Bacacay, um dos mais tradicionais da cidade. Além da comida deliciosa e da simpatia com que nos atenderam, o Bacacay ainda fica exatamente EM FRENTE a outra construção impressionante da cidade, o Teatro Solis.

+ Leia o artigo completo sobre o Café Bacacay

Ciudad Vieja e Teatro Solis

Terminamos o almoço e fomos direto para a entrada do Teatro tirar algumas fotos da fachada. Ainda faltavam cerca de 1h30 para o início da visita guiada pelo Teatro, então aproveitamos para explorar a Ciudad Vieja. Caminhamos pela Peatonal Sarandi, uma rua só de pedestres cercada de lojinhas, restaurantes e bistrôs que é mais um dos símbolos da revitalização dessa região.

Seguimos até a belíssima Plaza Constituicion e Igreja Matriz, uma das regiões que mais gostamos (e que rendeu fotos lindíssimas). Deu até tempo de fazer um chimarrão e sentar nos banquinhos da praça.  🙂

Montevidéu: Plaza Matriz
Montevidéu: Plaza Matriz
Montevidéu: Igreja Matriz
Montevidéu: Igreja Matriz (Catedral Metropolitana)

Voltamos em tempo de fazer a visita guiada ao interior do Teatro Solis, que nesse dia era gratuita e começaria as 16h00 (veja os dias, horários e valores no site oficial).

#dicaviajaredemais: nas quartas-feiras a visita ao Teatro Solís é gratuita e acontece sempre as 16h00. Mas vale conferir pelo site oficial ou entrar em contato com antecedência, porque acontece com frequência da visitação não estar aberta ao público por alguma razão (feriados, férias, festas da cidade, espetáculos, etc).

Montevidéu: Teatro Solis
Montevidéu: Teatro Solis

Para quem gosta desse tipo de programa, aconselho fazer a visita, que leva entre 1h e 1h30. O Teatro é belíssimo por dentro, e a visita permite conhecer muito mais da história do Teatro e do próprio povo uruguaio.

Ao fim da visita, aproveitamos o restinho de dia claro para caminhar novamente pelas ruazinhas da Ciudad Vieja. Nessa parte é difícil detalhar tudo que é interessante de ver porque a região toda é muito agradável. Aqui a dica é bem clichê: se perca pelas ruazinhas, admirando a arquitetura das construções, o vai e vem das pessoas, enfim, a vida da cidade acontecendo.

Montevidéu: Praça Zabala, na Ciudad Vieja
Montevidéu: Praça Zabala, na Ciudad Vieja

Quando a noite chegou, paramos na ‘Esencia Uruguay‘, uma lojinha super simpática que paramos pra conhecer e acabamos tomando um café com alfajor e fazendo uma “degustação” de um delicioso licor de dulce de leche. A loja é especializada em tudo que a brasileirada gosta: alfajor, doce de leite e vinhos! Rsrsrs  Nesse dia eles ainda estavam com uns descontos bem legais, mais o Tax Free que a gente adora. \o/

Jantar e show de tango no Primuseum

Pra fechar a noite, um jantar super especial no Primuseum. É daqueles locais que tem jantar com show de tango que a gente temia que fosse uma turistada mas que acabou sendo muito divertido!

+ Leia o artigo completo sobre o Primuseum

Abaixo, um mapa com os principais pontos que visitamos nesse sétimo dia do roteiro em Montevidéu:

Dia 8 – Mais Ciudad Vieja, comprinhas de viagem e volta para o Brasil

Acordamos no nosso apartamento incrível no Palácio Salvo e já começamos o dia logo cedo, para aproveitar o bom tempo nesse que seria nosso último dia de viagem. Voltamos ao Café Bacacay, dessa vez para o café da manhã, e depois visitamos o Mausoléu Artigas (bem embaixo da estátua do Artigas, na Plaza Independencia). A entrada é gratuita e leva poucos minutos. Só ficamos com um pouco de pena dos 2 guardas que ficam lá plantados dia e noite, tipo aqueles guardas da guarda real britânica. Rsrsrs

Montevidéu: Mausoléu do General Artigas
Montevidéu: Mausoléu do General Artigas

Na sequência tiramos aquela célebre foto da Puerta de la Ciudadela, que era o portão da antiga cidade murada do período colonial de Montevidéu (onde hoje é a Ciudad Vieja).

Montevidéu: Porta da Ciudadela
Montevidéu: Porta da Ciudadela

Bem ali pertinho fica outra parada obrigatória dessa região, a lindíssima Livraria Más Puro Verso. Mais do que o grande acervo de livros, o interior da livraria impressiona, com sua escadaria e seus belos vitrais. No segundo andar funciona um café que dizem ser incrível, mas a gente não teve “barriga” pra experimentar nada por lá (e já era quase hora do almoço). Ficou pra próxima. 🙂

Montevidéu: Puro Verso Livraria
Montevidéu: Puro Verso Livraria

Caminhamos com calma mais um pouco pela agradável Peatonal Sarandi, entrando pelas ruas menores e entrando em algumas lojas. Paramos para o almoço no Lucca Bistrô, um dos restaurantes que ajudaram a dar uma nova cara para a cena gastronômica da região. O local é comandado por um chef e eles trabalham com menus de entrada + prato + sobremesa que deixam os preços bem acessíveis.

+ Leia o artigo completo sobre o Lucca Bistrô

Rambla Francia e Plaza Guruyú

Após o almoço exploramos uma região que ainda não conhecíamos na orla da Ciudad Vieja e da região portuária de Montevidéu: Rambla Francia e Plaza Guruyú. Nada de muito imperdível, confesso. Uma curiosidade é que essa estrutura que parece um Farol na verdade é um respirador do antigo sistema de esgoto. Ainda bem que não sai mais cheiro ruim dali… 🙂

Montevidéu: Rambla Francia e o respirador (parece um farol mas não é)
Montevidéu: Rambla Francia e o respirador do sistema de esgoto antigo (parece um farol mas não é)

O que a gente achou mais bacana nessa região foi o trabalho dos artistas de rua com algumas obras incríveis que contrastavam com o visual antigo das casas em composições bem interessantes.

Montevidéu: arte de rua
Montevidéu: arte de rua

Mais Ciudad Vieja

Na sequência, voltamos para a região próxima ao Palácio Salvo e a Plaza Independencia. Como era final de viagem, acabamos parando pra uma última cerveja de despedida na Patagônia da Ciudad Vieja. Vale a pena visitar, o atendimento lá foi um dos melhores que tivemos em toda a viagem! 🙂

+ Leia o artigo completo sobre a Cervejaria Patagônia

Depois da cerveja, foi a vez de fazer um “tour” pelos supermercados locais para aquelas últimas comprinhas de viagem e zerar os pesos uruguaios – mais alfajor, mais vinho e mais dulce de leche pra mala! 🙂

Ainda deu tempo de um último jantar – e que jantar! Fechamos a viagem com “chave de ouro” no autoral ‘Es Mercat’, comandado pelo chef Roberto Connio. Pra quem gosta de frutos do mar, é imperdível!

+ Leia o artigo completo sobre o Es Mercat

O jantar estava tão bom que quase perdemos a hora! Tivemos que voltar literalmente correndo para o palácio Salvo – fizemos em 15 minutos um trecho que levaria 25 minutos de caminhada. Rsrsrs Chegamos as 23h00 em ponto, que era o horário combinado com o nosso transfer da ‘Airport Transfer Uruguay  em direção ao Aeroporto. E assim terminou a viagem pelo Uruguai, aproveitando até o último minuto! 🙂

Abaixo, um mapa com os principais pontos que visitamos nesse oitavo e último dia do roteiro em Montevidéu:


E aí, curtiu as sugestões para montar o seu roteiro? Já sabe o que fazer em Montevidéu? Deixa um comentário aí embaixo pra gente. 🙂


Onde ficar em Montevidéu

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#dicaviajaredemais: Se quiser uma dica pessoal para hospedagem em Montevidéu, dá uma lida no nosso post sobre o Salvo Suítes. Já para Colônia do Sacramento, a dica é o La Mision, bem no centrinho histórico da cidade e com ótimo custo-benefício.

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Mais atividades em Montevidéu

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Escrito por
Augusto
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