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Restaurantes em Buenos Aires: conheça 10 comidas típicas da Argentina que você precisa experimentar

A cidade de Buenos Aires, capital da Argentina, é um dos principais destinos dos brasileiros. Nosso povo já representa a principal nacionalidade entre os turistas que visitam a cidade anualmente, ávidos por experiências gastronômicas nos restaurantes de Buenos Aires. E nós sabemos bem já que a capital portenha é campeã em número de vezes em que visitamos uma cidade a turismo!

Adoramos tudo: a comida, o vinho, a cerveja, o idioma, a cultura, o clima, as pessoas… são tantas coisas! Bom, esta lista nasceu por conta desse nosso amor pela cidade e também porque nossos amigos e familiares viviam pedindo dicas do que não podiam deixar de experimentar!

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Por isso, eis a nossa lista com 10 comidas que você precisa provar quando for a Buenos Aires ou outra cidade da Argentina, já que os itens não são exclusivos da capital portenha.

1 – Parrilla – o churrasco argentino | Restaurantes em Buenos Aires

Você vai encontrar excelentes restaurantes em Buenos Aires que servem a famosa parrilla – o churrasco. Ao contrário da tradição do rodízio (espeto corrido) do sul do Brasil, as Parrillas na Argentina servem os cortes de carne à la carte na mesa, conforme o pedido do cliente. As carnes são preparadas na grelha sobre um braseiro de lenha – outra diferença do Brasil onde utilizamos carvão.

A típica parrilla argentina

Fique atento ao ponto a carne e aos tipos de cortes, dica completa que você pode conferir no artigo Restaurantes na Argentina: características e curiosidades que você precisa saber antes de ir .  Outra questão é a quantidade de sal da carne, bem menos que no Brasil. Por uma questão de saúde pública devido ao alto consumo de carne anual por pessoa, o governo da Argentina criou uma lei que limita o uso de sal nos restaurantes. Mas basta pedir o saleiro ao garçom que ele traz sem problemas. Ou aproveite para experimentar o tradicional molho chimichurri, uma delícia feita de ervas que vai deixar seu “asado” ainda mais delicioso.

2 – Empanada | Restaurantes em Buenos Aires

A empanada argentina  se assemelha muito ao que conhecemos aqui no Brasil como pastel! Sim, o nosso bom e conhecido pastel também é uma das iguarias tradicionais servidas como entradas em restaurantes ou mesmo como lanche em cafés e comida de rua nas barraquinhas pelos parques da capital portenha. Entretanto, existem algumas diferenças que fazem da empanada uma iguaria adorada pelos turistas brasileiros. A principal delas está na massa que geralmente é caseira, mais grossinha e macia que a do pastel de feira aqui do Brasil.

empanadas
As típicas empanadas argentinas: em sua versão assada

A empanada argentina também ganha diferentes e saborosos recheios, mas a mais clássica é mesmo a de carne. Uma curiosidade é que o formato e as dobrinhas de fechamento variam para identificar o recheio. Engenhoso, né?! Outro ponto: ela pode ser assada ou frita.

Mais empanadas típicas argentinas – agora na versão frita

Em diversos restaurantes em Buenos Aires você poderá escolher como quer que ela seja preparada. Mas frita ou assada, a verdade é que essa delícia precisa estar na sua lista de “coisas para experimentar” em Buenos Aires. 

3 – Provoleta | Restaurantes em Buenos Aires

Essa é sem dúvida uma das melhores entradas disponíveis nos cardápios dos restaurantes em Buenos Aires. A provoleta nada mais é do que uma porção generosa de queijo provolone assado na brasa que chega à mesa derretido e borbulhando. Vem exalando aroma e repleto de sabor deixado pelas ervas e temperos que variam de acordo com cada restaurante.

A provoleta tradicional

Uma tentação que faz até quem não é fã de queijo se apaixonar. Hahaha Experimente um teco de provoleta com o delicioso pãozinho servido à mesa e tenho certeza que você terá que concordar comigo! 

4 – Pizza, Fugazzetta e Fainá | Restaurantes em Buenos Aires

A cultura da pizza: uma das paixões dos portenhos é a pizza. De acordo com dados históricos do escritório de turismo da cidade, a pizza veio da Itália para Buenos Aires, mas não exatamente de Nápoles. Os primeiros pizzaiolos foram genoveses e foram eles que forjaram uma verdadeira tradição da pizza em Buenos Aires.  Um dos lugares mais emblemáticos foi aberto em 1893 – a padaria de Agustín Banchero, no bairro de La Boca. Esse imigrante é um bom exemplo de muitos outros: sua pequena empresa foi transformada em uma cadeia e hoje possui inúmeras filiais em todo a cidade.

A pizza argentina guarda algumas diferenças em relação à pizza brasileira. Em Buenos Aires, a pizza é mais alta, com uma massa mais grossa e fofinha -cerca de 3cm de altura, além de levar muita muçarela. Uma semelhança é a grande variedade de sabores sendo que os mais tradicionais são a muçarela, a fugazza que é só cebola (sem molho e sem queijo), napolitana, presunto com pimentão e clássica de calabresa. Junto ao menu das clássicas pizzas, você ainda vai encontrar uma variação da fugazza, isto é, a “fugazzetta”, que leva queijo muçarela como recheio pois é preparada entre duas crostas de pizza e tem uma camada generosa de cebola por cima.

A famosa Fugazzeta | Imagem: Aleposta [CC BY-SA 3.0 (https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0)]

Outra opção dos menus de pizzarias portenhas é a “fainá” uma massa redonda, dourada e crocante feita com farinha de grão de bico, água, azeite, sal e pimenta.

A tradição diz: fatia de muçarela com muito queijo (essa da esquerda) junto com uma fatia de fainá

A tradição de Buenos Aires manda comer uma fatia de fainá com uma fatia de pizza de muçarela! Sim, é isso mesmo: você coloca sobre a fatia de fainá (que é mais sequinha) uma bela fatia de pizza de muçarela – que leva muita muçarela vem escorrendo queijo derretido!  

Pequeno dicionário para o amante de pizza se virar em Buenos Aires

  • Al molde (no molde) padrão de fazer a pizza que mede cerca de 3 cm de altura, é macia e coberta com óleo
  • Media massa (meia massa) ao molde porém menos alta e tem migalhas mais espessas devido a dupla fermentação
  • A la piedra (A la pedra) massa estreita e antigamente era cozida no forno
  • Fugazza con quejo (Fugazza com queijo) a tradicional pizza de cebola com queijo, que é um clássico portenho
  • Fainá porções de farinha de grão de bico que acompanha a pizza
  • Margarita: pizza com tomate, muçarela e manjericão fresco
  • “De dorapa” é comer a pizza no balcão de um lugar. Significa “de parado” que mas se diz de trás para frente e traduzindo seria “em pé”
  • Maestro pizzero (Mestre pizzaiolo) é o responsável pela cozinha e que protege a identidade de uma pizzaria ao longo dos anos.

Avenida Corrientes

A pizza tem uma rua e é a Avenida Corrientes, onde são encontradas dezenas de opções.  Ele ainda tem sua própria maratona, a Muza 5k, que é patrocinada por 8 pizzarias e é realizada uma vez por ano, convocando o público a experimentar diferentes porções para escolher a melhor. Qual delas vence no restante?

  • O Fortín é escolhido pelos fãs de futebol.
  • El Cuartito se destaca por sua fugazzetta bem recheada.
  • Las Cuartetas é uma das pizzarias “notáveis” da cidade. 
  • La Guitarrita inova em receitas.
  • Em La Mezzeta transborda de queijo.
  • Em Siamo Nel Forno, a Margherita é única.
  • E Güerrin, é claro, oferece mais de 70 sabores.

Fonte: livros da coleção “Curiosa Buenos Aires, historias mínimas de la capital argentina”, publicação oficial do Ente Turismo de la Ciudad Autónoma de Buenos Aires

5 – Choripan | Restaurantes em Buenos Aires

Este é um “produto” 100% argentino! O que se forma quando chorizo (linguiça) assado e pão se juntam? O nome não tem muita criatividade: é um Choripán! Este é o clássico e simples pão com linguiça (ou como chamamos no Rio Grande do Sul – ‘salssipão’ que vem de pão com salsichão). Mas não se engane com o que parece ser tão simples: os portenhos levam muito a sério a qualidade dos ingredientes e você não vai se decepcionar com textura e sabor dos pães e da linguiça. Especialmente se você pedir pra temperar com molho chimichuri, o jeito mais tradicional de se comer um legítimo choripan! Não é à toa que são 600 milhões de choripans consumidos por ano na Argentina – uma média de 15 por pessoa.

Choripan | Imagem: https://www.lanacion.com.ar/lifestyle/viva-chori-10-versiones-del-sandwich-mas-nid2192508

O “chori”, forma curta e carinhosa de chamar essa iguaria, era um costume dos gaúchos (pessoas ligadas à atividade pecuária no campo, mais especificamente no bioma denominado pampa) das terras argentinas em meados do século XIX. Com esses sanduíches, eles podiam fazer uma refeição rápida, pois em 30 minutos preparavam em qualquer lugar.  Depois, tornou-se comum nos maiores eventos, das áreas rurais alcançou as cidades e da Argentina atravessou as fronteiras para o Chile, Uruguai e sul do Brasil.  Em Buenos Aires, eles podem ser encontrados em barracas itinerantes no entorno de estádios de futebol e eventos sociais. É o legítimo lanche basicão, bom e barato que você encontra por toda a cidade. Mas é claro que também pode ser encontrado como entrada nos menus das tradicionais parrillas, pois geralmente é consumido antes que os outros cortes de carne saiam da grelha. O chori é um dos clássicos nos ​​churrascos argentinos familiares.  Por isso, provar um choripan é mais um dos itens que você precisa colocar na lista de “coisas para experimentar em Buenos Aires”. 

6 – Milanesa | Restaurantes em Buenos Aires

“A verdade da milanesa” é provérbio argentino usado como analogia para uma verdade franca e irrefutável. Surgiu ironicamente na sequência da origem confusa da comida. Diz a lenda que as tropas da Áustria, quando ocuparam o norte da Itália após a derrota de Napoleão Bonaparte, mantiveram uma receita. Era uma “cotolleta alla Milanese”, isto é, a Costela a Milanesa, com pão ralado e queijo. Nessa área, o prato foi renomeado para Schnitzel e, do outro lado do Atlântico, manteve o nome da cidade de origem: Milão.

Uma “milanesa” nada mais é do que um bife enorme, crocantemente empanado e bem sequinho servido com acompanhamentos variados – desde as clássicas batatas fritas e saladas até outros mais elaborados.

A clássica milanesa de carne com batata

Uma milanesa pode ser de carne bovina (a mais clássica), de frango, de porco ou até em versões vegetarianas e veganas como de soja, abóbora, grão de bico e por aí vai. 

Além do tipo de carne, há outras variações. Pode ser que o garçom te pergunte: “Napolitana o a caballo?” que traduzindo seria Napolitana ou a cavalo? Para explicar, vamos recorrer a história! Nos anos 40, na cozinha de um restaurante chamado “Napol”, em frente ao Estádio Luna Park, na Avenida Corrientes, nasceu uma invenção casual que mudaria para sempre o relacionamento dos argentinos com esta refeição.  Para cobrir uma milanesa queimada, o cozinheiro acrescentou queijo, presunto e tomate. Desde a sua inventividade, da Milanesa nasceu a Napolitana, que apesar do que muitos acreditam, surgiu em Buenos Aires e não em Nápoles, a cidade italiana.  Filha da milanesa, a napolitana, dali também vieram as milanesas a cavalo. É assim que se chama quando dois ovos fritos são adicionados a uma suculenta Milanesa com presunto, queijo e tomate … assim como o cavaleiro se senta no cavalo. Da história vem a tradição que reflete no alto consumo desse prato. Sabe que em média, 3 milanesas são consumidos por semana por pessoa na Argentina. Por isso, não importa o tipo de carme, você certamente vai encontrar muitas opções saborosas nos restaurantes em Buenos Aires.

7 – Locro | Restaurantes em Buenos Aires

Prato típico saborosíssimo, o locro é uma espécie de ensopado ou caldeirada que tem algumas semelhanças com a nossa feijoada. Preparado com milho natural (não aquele da lata) e feijão que ficam de molho separadamente em água mineral por pelo menos 12 horas. Estes e os demais ingredientes que podem variar, vão para a panela um a um, cozinhando de forma lenta por muito tempo.

Locro tradicional

Entre os ingredientes mais comuns encontram-se as carnes bovina, de porco, as linguiças branca e vermelha, miúdos e bacon, além de alho, cebola, abóbora e até alguns tipos de batata. Dos temperos, os mais comuns são a páprica, a pimenta e as ervas secas. O Locro é muito consumido em toda a Argentina mas nos restaurantes em Buenos Aires você só vai encontrar em lugares especializados em comida local. 

8 – Doce de leite

O doce de leite é sem dúvida um dos itens dessa lista de comidas argentinas que os brasileiros mais amam! Tanto que nós temos até um ranking dos melhores doces de leite argentinos! E mesmo sendo algo que também figura como típico nas mesas dos brasileiros, o doce argentino tem cor, consistência e até sabor diferente do nosso – muito em função de sua preparação. Essas características são resultado do processo de feitura que leva mais açúcar e tempo de cozimento – daí a cor e sabor mais caramelada além da consistência mais firme! E se você não quiser arriscar comprar antes de experimentar, aproveite que nas casas especializadas como a La Casa del Dulce de Leche e na Dulce de Leche & Co sempre é possível experimentar. Às vezes rola até uma degustação mais profissional com explicação dos especialistas.

Doce de Leite argentino

Além disso, talvez pela questão do clima, o argentino consome mais doce que o brasileiro e isso já fica claro no café da manhã (o desayuno) cheinho de “facturas” – as massas doces. Mas o doce de leite acompanha até mesmo as sobremesas clássicas como o pudim de leite (em espanhol peça flan) que geralmente vem com uma “potoca” de doce de leite ao lado (peça flan con dulce). 

9 – Alfajor

O alfajor é um doce composto por uma massa (chamada de ‘galleta” e que pode ser de maizena, ou mais parecida com um bolo ou um biscoito) e recheada com algum doce. Existem variações, mas os recheios mais clássicos são o ‘dulce de leche’, geleia de frutas ou mousse de chocolate. Na maior parte das vezes o alfajor é recoberto por uma fina camada de chocolate (ao leite, meio amargo ou branco) ou de açúcar (em espanhol, “baño de reposteria”), com exceção dos alfajores de maizena (maicena).

Alfajor argentino: qual o melhor alfajor argentino
Alfajor argentino

Paixão nacional, o doce tem números de consumo expressivos. Segundo dados do escritório de turismo da cidade, são 38.362 toneladas de alfajores fabricadas por ano na Argentina. Desses, 56% são alfajores triplos e 85% da produção total é vendida em quiosques, armazéns e lojas de auto-serviço. Mas o dado mais impressionante é esse: na Argentina são consumidos cerca de 6 milhões de alfajores POR DIA! <o>

Com tanta oferta, essa iguaria não é paixão apenas do morador local. Os turistas, principalmente nós brasileiros, também temos uma adoração por esse doce. Tanto é que ele está no topo de todas as listas de comidas, lembranças para trazer de Buenos Aires, o que experimentar e por aí vai. E se você quer saber mais sobre o alfajor, onde comprar e quais marcas escolher, leia o nosso post “Qual o melhor alfajor argentino? Ranking de 25 marcas de alfajores da Argentina

10 – Medialuna

A medialuna é uma espécie de croissant portenho mas que leva muito mais açúcar e menos manteiga que a iguaria francesa. Presente em todos os desayunos – o café da manhã, a medialuna pode ter variações na massa: a versão doce ou salgada. A doce é feita com manteiga, leva muito açúcar e uma calda doce que dá uma leve cristalizada na sua cobertura.

Medialunas

Pode ainda ser recheada de doce de leite, geléias ou creme. Já a salgada é feita com banha (ou graxa em espanhol) que dá a massa um espessura mais fininha, podendo ser servida também com recheio de presunto e queijo (jamon y quejo). Independente do tipo de massa, essa delícia também é um item obrigatório na lista de comidas típicas que você precisa experimentar.


E aí, gostou das 10 comidas que elencamos? Comenta aqui embaixo se você tem mais alguma sugestão para esta lista!


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Escrito por
Chai
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