Não é segredo pra ninguém: quando o assunto são doces e pâtisseries, os franceses são quase imbatíveis. Com uma tradição secular na arte da confeitaria, a França é referência mundial no assunto, e algumas receitas de doces franceses são considerados verdadeiros patrimônios culturais do país.
Sempre que viajamos pela França ficamos impressionados com a quantidade de confeitarias e boutiques especializadas, bem como com a variedade da oferta de doces e sobremesas típicas. Em alguns momentos eu pensava “o sujeito que hoje em dia abre uma confeitaria nesse lugar tem que ser muito corajoso”. Nunca vi nenhuma estatística a respeito, mas a impressão que dá é que as cidades francesas tem a maior concentração de confeitarias e pâtisseries por metro quadrado do mundo! É uma em cada esquina, literalmente falando. Aliás, desafio alguém a citar uma rua de Paris que não tenha ao menos 1 confeitaria! 🙂
Para facilitar a vida, fizemos até uma lista das melhores boutiques para comprar doces franceses em Paris, sempre com lugares que já visitamos e gostamos: 14 boutiques imperdíveis para comer doces franceses em Paris
Mas além da quantidade, a qualidade é talvez o mais impressionante. Por conta dessa concorrência toda, só as melhores confeitarias sobrevivem. Como resultado, a qualidade é nivelada por cima, e fica muito difícil superar os doces franceses. O sabor, a textura, o aroma, a aparência, o frescor, a pureza dos ingredientes, a perfeição na execução, a delicadeza: tudo contribui para um resultado final que enche os olhos. É impossível passar pelas vitrines impecavelmente organizadas e não desviar o olhar para as pequenas e deliciosas jóias expostas, com seu colorido e brilho únicos. Hummmmmm 🙂
Aliás, uma das partes mais legais de uma viagem pela França é justamente as experiências gastronômicas que temos por lá. Pra ajudar nessa deliciosa tarefa, após um longo trabalho de experimentar dezenas (talvez uma centena?) de patisseries, sobremesas e doces franceses, a gente selecionou 21 que você precisa experimentar quando estiver pela França. Ah, a lista está em ordem alfabética, ok?
Alguns desses doces franceses você só vai achar na França mesmo. Outros já se popularizaram pelo mundo (inclusive no Brasil) e aí vale a pena experimentar para comparar com a nossa versão. E olha, aproveita bem essas dicas, porque foi um “sofrimento” escrever daqui do Brasil sobre cada um desses doces franceses, sem poder descer e comprar todos eles em uma confeitaria na esquina de casa. 🙂
Antes, algumas dicas para você economizar na viagem:
1) Baba au rhum
O baba au rhum é um bolinho bem simples, normalmente em forma de cogumelo, que é servido com chantilly e embebido em rum (daí o nome). O ritual para servir é bem bacana: normalmente o bolo vem inteiro no prato e é partido na hora (pelo garçom ou por você mesmo). É nesse momento que um copinho da bebida alcoólica é despejado por toda a superfície do bolo. Isso confere umidade (e teor alcoólico) ao bolinho.
Nossa opinião sobre o doce: Para quem gosta da combinação de doces com bebidas alcoólicas, é uma boa pedida. Como a infusão da bebida costuma ser feita na hora, o gosto é bastante presente, e o chantilly age atenuando essa sensação. Por mais que o bolo seja de massa bem levinha, a gente achou um pouco pesado para comer como sobremesa, logo após a refeição.
Onde experimentar: É uma sobremesa bastante típica e fácil de encontrar na maior parte dos restaurantes de muitas cidades. Experimente em restaurantes clássicos como o Le Grand Colbert ou o Bouillon Chartier, ambos em Paris.
2) Café gourmand
Esse não é exatamente um doce, mas a combinação de vários pequenos doces franceses servidos de maneira conjunta com o café, normalmente como sobremesa, ao final das refeições. Em geral são 4 pequenas porções de sobremesas tradicionais (mousse, crème brûllée e outros) que juntas seriam o equivalente em quantidade a uma sobremesa convencional. É tão tradicional que eu simplesmente não me lembro de um único restaurante que não tivesse a opção do café gourmand, e por conta disso, entra na nossa lista. Ideal para quem está indeciso ou quer provar múltiplas opções de doces franceses sem gastar tanto por isso.
Nossa opinião sobre o doce: Por ser tão comum de encontrar, é claro que a qualidade do café gourmand vai depender da qualidade do local e de cada doce individualmente. A impressão que a gente teve na nossa viagem é que o café gourmand nunca é a melhor sobremesa mas também nunca é a pior. É aquela opção intermediária, do tipo “não tem como errar”, com a vantagem de poder provar diferentes doces franceses.
Onde experimentar: Adoramos em particular o café gourmand do Le Gruber, em Strasbourg. Mas como dissemos, você vai encontrar em quase qualquer restaurante.
3) Canelé
A receita original é de Bordeaux, mas o Canelé já se popularizou como um doce tipicamente francês. O canelé consiste em um pequeno bolinho que, dentre outras coisas, leva um pouco de rum e baunilha na receita, o que confere um sabor bem característico. Um bom canelé deve ser macio por dentro e crocante por fora. Essa “crocância” se dá por conta de uma camada de cera de abelha que é pincelada antes de ir ao forno. Apesar da aparência simples, sua receita é milenar e de difícil execução, sendo um motivo de orgulho para os tradicionais confeiteiros franceses.
Nossa opinião sobre o doce: É um bolinho com leve crocante por fora e bem macio e úmido por dentro (quase borrachudinho), em tamanho perfeito para acompanhar o café. Apesar de ser uma receita bem trabalhosa, o resultado pra gente em uma “vibe” de comida afetiva, de bolinho da casa da avó, que agrada a todos os paladares. Rsrs
Onde experimentar: experimentamos em dois momentos durante a viagem: no Le Gruber, entre as 4 sobremesas do Café Gourmand (aí de cima) e no prato de boas vindas do Grand Hotel La Cloche de Dijon.
4) Caramel au beurre salé
Um doce que se destaca justamente pela presença acentuada de sal em sua receita. O caramel au beurre salé, ou caramelo de manteiga salgada, é a típica ideia que tinha tudo pra dar errado. Mas deu certo até demais, dando fama ao seu inventor Henri le Roux e tornando-se uma referência entre os doces franceses. Difícil encontrar um doce dessa lista que não exista em uma versão com ‘caramel au beurre salé’.
Entretanto, é possível encontrá-lo em seu estado puro, seja em formato de bala, em pasta, em bisnaga para comer com sorvete. Existem até versões saborizadas de frutas, como dá pra ver nas opções multi coloridas da foto:
Nossa opinião sobre o doce: Particularmente gostamos mais quando ele faz parte de um doce do que propriamente de comer em seu estado puro. Para quem nunca provou, é uma sensação bem diferente: tem cara de caramelo, gosto de caramelo mas ao mesmo tempo é levemente salgado.
Onde experimentar: Praticamente todo lugar de Paris vai servir um ou mais doces com caramel au beurre salé. Mas se você quiser de fato provar a receita original do sujeito que inventou o caramelo salgado, não deixe de ir até uma das boutiques Henri le Roux em Paris.
5) Choux à la crème
A chamada “massa choux” é uma das mais utilizadas na confecção das sobremesas e doces franceses (ainda falaremos dela em pelo menos mais 3 itens dessa lista). Aqui no Brasil esse tipo de massa é muito conhecido por conta das “bombas de chocolate”, que são feitas com esse tipo de massa – e que também são uma derivação das eclairs francesas, o 7º item da nossa lista. Grosseiramente falando, choux à la crème seria uma versão miniatura e redondinha da nossa “bomba”, só que com diferentes sabores de recheio. A massa é de textura leve e aerada, e o creme (em quantidade generosa) é levemente resfriado e não muito doce.
Nossa opinião sobre o doce: Imagina essa iguaria que eu descrevi acima, mas com uma massa bem feita, com um recheio cremoso e com um café bem quentinho pra acompanhar? Hummmmmm. A combinação da textura da massa com o creme é muito boa, só provando! Rsrs
Onde experimentar: Tem em quase todas as confeitarias, mas em Paris existe uma confeitaria especializada somente na produção de choux à la crème, e mais nada. Trata-se da Odette, e claro que a nossa sugestão é que você vá correndo pra lá experimentar essa maravilha. Os de caramelo e café são absurdamente saborosos. Como opção sem glúten, a Helmut Newcake faz mágica na produção de seus choux. Imperdível!
Para quem estiver animado a aprender a preparar choux à moda francesa, que tal passar 3 horas aprendendo todos os segredos para se tornar um confeiteiro de mão cheia? A dica é o curso “Paris: Aula de Massa Choux e Bomba de Chocolate“.
6) Crème Brûlée
Um clássico da culinária francesa! Me arriscaria a dizer que o crème brûlée está entre as sobremesas e doces franceses mais conhecidos no mundo. E não é pra menos: de execução aparentemente simples, a combinação de creme de leite, ovos, açúcar e baunilha finalizada com aquela crostinha de açúcar queimado por cima é simplesmente deliciosa. É possível encontrar no Brasil, mas não é tão comum e dificilmente chega aos pés da versão francesa.
Nossa opinião sobre o doce: Sou suspeito para falar porque nessa viagem confirmei que o crème brulée é minha sobremesa favorita na França (ao lado dos profiteroles, que falaremos mais abaixo). Eu costumo dizer que um crème brûlée “mesmo quando está ruim, ainda é bom”. Rsrsrs
Onde experimentar: Esse é mais um da lista que você vai encontrar em qualquer lugar, mas justamente por ser tão “comum”, alguns restaurantes se esmeram pra produzir uma versão especial da receita. Eu recomendo especialmente dois que foram memoráveis: O do La Cloche a Fromage (comemos em Strasbourg mas tem em várias cidades da França), que é feito com leite de cabra que deixa o creme com uma textura única; e o do La Bonne Franquette (em Montmartre, Paris), cuja receita incluía uma pequena dose de café que dava aparência e sabor únicos ao crème brulée. O outro que aparece na foto era parte do Café Gourmand do Le Gruber (Strasbourg)
7) Crepe
Mais uma receita francesa que se popularizou mundo afora, o crepe nada mais é do que aquela massinha fina de farinha de trigo, leite e ovos que normalmente é servida com algum tipo de recheio/cobertura. Uma receita bastante popular da França é o “crepe suzette”, uma versão feita com muita manteiga, açúcar e flambado com o licor francês Grand Marnier (e as vezes com sumo e raspas de tangerina e laranja). Mas a versão que os brasileiros mais amam (eu inclusive) é a do crepe com muita cobertura de Nutella.
Nossa opinião sobre o doce: O crepe é um dos doces franceses que menos notamos diferença na comparação com a versão brasileira (me refiro a massa em si). O grande diferencial está de fato na variedade e na qualidade dos recheios ou coberturas utilizados, e também no custo-benefício (crepe é algo bem barato para os padrões franceses). Além do fato de ser bem charmoso comer um crepe no cair da tarde, ou a noite caminhando pelas ruas iluminadas. Esse tá no top 3 da Chai, e eu adoro também. 🙂
Onde experimentar: Além das centenas de casas especializadas, o crepe é uma das comidas de rua mais populares em toda a França. A qualquer hora do dia ou da noite, você vai encontrar uma barraquinha de rua servindo crepes. Das casas especializadas, eu recomendo fortemente o charmoso Rozell Café em Montmartre/Paris (para muitos o melhor crepe da cidade), e entre as versões mais “fast food” recomendo o Mardi Crepe, também em Paris.
8) Éclair
Também conhecida como “bomba” aqui no Brasil, a éclair é uma das patisseries mais famosas da França e que também está espalhada por todo o mundo. A receita original é com a massa choux que falamos no item 5, mas diferentemente do “choux à la crème”, a éclair tem um formato cilíndrico, com todo o seu interior recheado e com uma camada de cobertura na parte superior do doce. Além da qualidade da massa, o que de fato faz diferença é o sabor do recheio escolhido – e acredite, existem dezenas de recheios diferentes. Um dos mais característicos é recheado com o caramel au beurre salé, que como explicamos, trata-se de um caramelo levemente salgado. Mas a tradicional “bomba” de chocolate também é bastante popular, tal qual no Brasil. Só não vai chamar de “bomba”, principalmente se estiver embarcando no aeroporto com algumas para trazer para o Brasil, por favor! Rsrsrsrs
Nossa opinião sobre o doce: A principal diferença em relação a versão abrasileirada do doce é a leveza da massa e a variedade/qualidade dos recheios, que não são tão doces quanto os nossos. Particularmente eu ainda prefiro os choux à la crème por conta do tamanho, que é perfeito para comer individualmente.
Onde experimentar: Em Paris, meus favoritos são o L’Éclair de Génie (especializado em éclairs, com várias lojas pela cidade), a Fauchon e a Patisserie des Rèves. Em Strasbourg, você não pode deixar de visitar e experimentar não só as éclairs mas também os macarons da Maison Pascal Caffet, dos quais falaremos mais adiante nessa lista.
Fica a dica para quem quiser aprender a preparar uma éclair no estilo parisiense: “Paris: Aula de Massa Choux e Bomba de Chocolate“. Curso de 3 horas de duração com mestres na arte da confeitaria. 🙂
9) Ile Flottante
A ile flottante, ou “ilha flutuante”, nada mais é do que uma variação do que conhecemos como “ovos nevados”. Entretanto, sua apresentação lembra uma ilha que flutua sobre a água. A ilha no caso é um “bolinho” preparado com as claras do ovo, que flutua sobre um creme de gemas, açúcar e baunilha. Super leve e saborosa, está presente nos cardápios de muitos restaurantes por toda a França.
Nossa opinião sobre o doce: Uma sobremesa muito leve e refrescante, não muito enjoativa mas também não muito marcante. Provavelmente vai agradar a maior parte das pessoas.
Onde experimentar: A melhor que experimentamos foi num típico bouchon de Lyon, o Les Lyonnais.
10) Kouglof
O Kouglof, ou Kougelhopf, é mais um bolinho tradicional francês. Bem típico da região da Alsácia, leva passas e amêndoas em sua composição, com açúcar de confeiteiro polvilhado por cima. O curioso é que tem sempre esse mesmo formato redondinho – inclusive a forminha é um souvenir nessa região, e pode ser comprada para você fazer os seus próprios kouglofs em casa. 🙂
Nossa opinião sobre o doce: É um bom bolo, mas é tão gostoso quanto um bolo simples poderia ser. Ideal para tomar acompanhado de chá ou café.
Onde experimentar: Pode ser encontrado em toda a Alsácia. Se você não der a sorte de ser convidado para o chá da tarde na casa de uma família alsaciana, eu recomendo experimentar no café da tarde do Le Boudoir, em Colmar. 🙂
11) Macaron
Chegou a vez deles, os tão desejados macarons! Símbolo máximo da patisserie francesa (apesar da receita original ser italiana), os macarons são talvez os doces franceses mais procurados pelos viajantes brasileiros. Com status de iguaria, o macaron poderia ser definido de forma bem simplista como um “biscoito recheado”. Mas não se engane, esses “biscoitinhos” tem uma textura única entre as patisseries, de uma leveza que impressiona. Até para segurá-lo é preciso delicadeza, e cada mordida desfaz imediatamente no contato com a boca, em uma explosão de sabores e aromas. Sim, existem de todos os tipos (a gente experimentou mais de 30 sabores diferentes). E o que dizer da aparência? Definitivamente, no mundo das patisseries, é difícil superar a beleza de uma vitrine repleta de macarons coloridos.
Nossa opinião sobre o doce: Se preparem para a declaração polêmica: apesar de gostar muito, o macaron não é o meu doce francês preferido, nem o da Chai (pausa para a indignação dos leitores). Ao contrário por exemplo do crème brûlée (que eu comeria quilos sem parar), com os macarons eu me satisfaço com 2 ou 3 por dia. Isso não significa que a gente não goste, é claro! E em lugar nenhum do mundo eu comi macarons tão bons quanto os franceses.
Onde experimentar: Em Strasbourg, duas ótimas opções são a Maison Pascal Caffet e a Macarons & Inspirations, loja da Elisabeth Biscarrat que “só” é a vencedora da edição de 2011 do MasterChef da França. Em Paris, é inevitável visitar as clássicas Fauchon, Ladurée e Pierre Hermé. Uma opção mais em conta e também excelente é a Arnaud Delmontel Boulangerie, pertinho de Montmartre.
E para quem quiser aproveitar a viagem para aprender a preparar essa iguaria que é símbolo da confeitaria francesa, segue a dica de dois cursos imperdíveis: Paris: Aula de Macarons com Chá (2 horas de duração) ou o Paris: Aula de Macaron na Galerias Lafayette (1,5 horas de duração).
12) Madeleines
Originais da região de Lorraine (nordeste da França), as madeleines são bolinhos normalmente em forma de concha. A receita original é uma mistura de ovos, açúcar, farinha, fermento, manteiga derretida, nozes, condimentos e raspa de limão, que depois é assada no forno brando. Mas é claro que os franceses já adaptaram essa receita e nas casas especializadas você vai encontrar dezenas de sabores de madeleines.
Nossa opinião sobre o doce: A madeleine lembra de fato um bolo, porém de massa mais densa e pesada. É mais recomendável como opção para o café da manha ou o chá da tarde, e não como uma sobremesa.
Onde experimentar: Para quem de fato é um apaixonado por madeleines, a encantadora “Au Fond du Jardin” em Strasbourg é simplesmente O lugar a se conhecer. Os donos do local são os criadores do conceito de “madeleine du voyage”, com receitas inspiradas em sabores, aromas, sensações e experiências de cada canto do mundo. O resultado são madeleines únicas, que mais se parecem jóias ou objetos de decoração tamanho o cuidado e a delicadeza com que são preparadas. Em Paris, a Pâtisserie des Rèves é altamente indicada para os fãs de madeleines.
13) Mille feuille
Mil folhas é mais um dos doces franceses que se popularizaram por todo mundo, inclusive no Brasil. O tradicional é feito de massa folhada, creme de baunilha e bastante açúcar. Pode ser encontrado na maioria dos cafés e casas de chá franceses, e quando bem feito tem uma textura bem leve e crocante.
Nossa opinião sobre o doce: A leveza e textura da massa são únicas, e essas características harmonizam muito bem com o creme de baunilha, o que faz com que o doce não fique nem seco, nem úmido demais. Acho difícil que alguém não goste de um mille feuille.
Onde experimentar: Pode ser encontrada em inúmeras confeitarias e casas de chá, mas dificilmente alguma vai superar a do Angelina, em Paris.
14) Mont-blanc
Além do “mil folhas”, outra especialidade do Angelina é o Mont-blanc. O doce é feito de suspiros recheados com chantilly e cobertos por um creme de castanha portuguesa (marron) delicioso num formato que lembra espaguete. Tudo isso é polvilhado com açúcar de confeiteiro, como você pode ver (e babar) nas fotos.
Este é o doce assinatura do Angelina, que segundo consta, garante a reputação do local desde sua inauguração em 1903. A receita original é dessa época, e é seguida a risca até os dias de hoje. Por conta disso, é considerada “A” patisserie da casa!
Nossa opinião sobre o doce: De fato faz sentido ser o doce assinatura do Angelina! O sabor, a textura, o tamanho e acho que a combinação de tudo é espetacular. Apesar de denso, cada colherada se desfaz na boca. Apesar de imenso, não é enjoativo e não é doce demais (nem de menos). Nenhum dos sabores se sobressai isoladamente, e o resultado final explica porque o centenário Mont Blanc se tornou quase uma “instituição” parisiense. Enfim, gostamos muito mesmo!
Onde experimentar: No Angelina, em Paris, é claro! 🙂
15) Mousse (de chocolate)
É tão comum no Brasil que deve ter gente que jura de pés juntos que mousse é uma sobremesa brasileira. As variações (de maracujá, de limão) até podem ser, mas o(a) mousse de chocolate é uma sobremesa tipicamente francesa. É bem fácil de encontrar e em muitas das vezes o mousse é uma das sobremesas que são servidas no café gourmand (item 2 dessa lista). Nem vou explicar como é feito, porque todo mundo já comeu um mousse de chocolate na vida, né? Rsrs
Nossa opinião sobre o doce: Sinceramente, achei a versão francesa muito parecida com a brasileira. A qualidade vai depender principalmente do sabor do chocolate utilizado na receita.
Onde experimentar: experimentamos o mousse de chocolate no A. Lacroix Pâtisserie, pertinho da Catedral de Notre Dame. A gente comeu por lá mesmo mas ele vem em um potinho para viagem. Então se o tempo for curto, dá pra passar por lá e sair comendo pela rua 😀 Também comemos entre as 4 sobremesas que estavam no Café Gourmand do restaurante Le Gruber, em Strasbourg.
16) Pain au chocolat
O Pain au Chocolat é um pão feito com a mesma massa do croissant, mas com gotas de chocolate em seu interior. Um bom pain au chocolat tem que ser extremamente macio, com uma casquinha quebradiça por fora e com as gotas de chocolate sempre em estado quase derretido. É super tradicional na França e você vai encontrar pra vender até nos supermercados.
Nossa opinião sobre o doce: O pain au chocolat para mim é a superfície perfeita para uma generosa camada de nutella. Rsrsrs. Não consigo passar por por nenhum buffet de café da manhã sem experimentar ao menos um deles.
Onde experimentar: Se você estiver hospedado em um hotel acima de razoável, certamente o pain au chocolat servido no café da manhã já será delicioso. Se quiser experimentar um dos melhores de Paris, novamente a dica é a Arnaud Delmontel Boulangerie.
17) Pain d’Épices
Muito popular na região da Borgonha e da Alsácia (fronteira com Alemanha e Suíça), o pain d’épice é uma espécie de bolo de mel e especiarias (especialmente cravo e canela), também conhecido como “pão de mel”. Encontramos tanto na versão bem “bolo” mesmo, daquelas de cortar de faca, e também na versão mais próxima a um biscoito recoberto de chocolate, mais parecido com o pão de mel industrial que temos no Brasil. É muito consumido especialmente na época do natal, e pode ser encontrado em todos os mercados de Natal da região.
Nossa opinião sobre o doce: A gente adora pain d’épice! O sabor, o aroma, a lembrança do Natal… <3 Trouxemos um estoque da versão mais industrializada para o Brasil que infelizmente não durou 1 mês. 🙁
Onde experimentar: 3 lugares imperdíveis para os amantes de pain d’épices: Les Trois Greniers, uma lojinha só de produtos locais em Chalon Sûr Saone (Borgonha) que faz até degustações para clientes; Pain d’Epices Mulot et Petitjean (em Dijon e Beaune, na Borgonha), uma das mais famosas da França; Pain d’épices LIPS (La Maison de Pain d’Épices), na pequena Gertwiller, na rota dos vinhos da Alsácia. Foi nessa última que fizemos nosso pequeno estoque. 🙂
18) Praliné
O praliné francês nada mais é do que uma pasta de amêndoas e caramelo, geralmente de coloração rosa por conta de um corante (não sei porque se utiliza esse corante). É muito utilizada na confeitaria francesa, seja como parte de uma receita de um doce (recheios, coberturas), ou seja como um doce propriamente dito, para ser comido puro, ou em formato de creme/pastoso, para ser passado por exemplo em um pain au chocolat. Nós perdemos as contas de quantas sobremesas, doces e chocolates nós experimentamos ao longo da viagem. Por ser tão presente na confeitaria francesa, entrou na nossa lista.
Nossa opinião sobre o doce: Particularmente a gente acha o praliné muito doce. O que não necessariamente é ruim, mas em geral a gente só consegue comer em poucas quantidades. A exceção foi esse justamente esse brioche aí da foto, o “Praluline”, feito pela Maison Françoise Pralus. Nessa versão, o gosto lembrava o das “cucas”, típicas do sul do Brasil. A gente conseguiu devorar esse brioche inteiro ao longo da viagem, e ainda trouxemos um pote só com o praliné em pasta pra comer aqui no Brasil.
Onde experimentar: Recomendo experimentar na Maison Françoise Pralus (experimentamos em Lyon, mas tem em várias cidades da França) e na Sève Chocolatier, também em Lyon.
19) Profiteroles
Outra sobremesa tipicamente francesa que utiliza a massa choux na composição das “carolinas”, as bolinhas de massa recheadas com creme, chantilly ou sorvete. É servido tradicionalmente com sorvete de creme e calda quente de chocolate meio amargo. O ritual clássico é trazer as carolinas com o sorvete em um prato (ou pote), e servir a calda quente por cima de tudo.
Nossa opinião sobre o doce: A combinação do gelado do sorvete com o calor da calda de chocolate, do doce com o amargo, tudo beira a perfeição. Mais uma vez, sou suspeito para falar. Está no meu top 3 de sobremesas da vida, e na França não seria diferente. <3
Onde experimentar: Os melhores da viagem foram em Colmar, no Bistrot des Lavandières, e no Le Grand Colbert, em Paris.
20) Tarte Tatin (ou tortas de frutas em geral)
Ok, torta de frutas é uma coisa meio genérica e você pode encontrar em vários países, concordo. Mas tem 3 tipos de tortas que são bem características da França e que merecem um lugar nessa lista. A primeira delas é a tarte tatin. Basicamente é uma torta de maçã montada “as avessas”, ou seja: a maçã vai por baixo e a massa por cima. O resultado desse processo é que na hora que vai para o forno, a maçã fica em contato direto com o fogo e se torna extremamente macia e caramelizada, com uma coloração incrível (sem falar no sabor). A segunda que vale destacar é a tarte citron, ou torta de limão, uma sobremesa que os franceses adoram! Não dá pra viajar pela França e não experimentar ao menos uma vez. O terceiro e último destaque são as tortas feitas com as frutas típicas da estação. Quando viajamos pela França, era temporada de 2 frutinhas que eu particularmente nunca tinha ouvido falar: mirabelle e quetch. Por conta disso, quase todos os restaurantes tinham uma opção de “torta do dia” feita com uma dessas frutas.
Nossa opinião sobre o doce: A nossa favorita é a tarte tatin, mas as tortas de fruta em geral tem o seu valor.
Onde experimentar: Comemos duas tarte tatins tão maravilhosas em nossa viagem pela França que simplesmente não conseguimos desempatar e escolher qual é a mais saborosa. A primeira delas foi no Polidor, restaurante super tradicional e centenário em Paris. A outra, também em Paris, foi no Le Petit Pontoise. O cardápio dizia ser uma “receita da vovó”, e pelo sabor, eu tendo a acreditar. Que torta deliciosa!
21) Saint Honoré
O Saint Honoré tem esse nome porque sua receita original foi criada em 1846 em uma confeitaria que ficava na rua…. adivinha o nome? Acertou, Rua Saint Honoré. 🙂
O tradicional doce consiste em uma base de massa folhada crocante, com carolinas (de massa choux) recheadas com creme de baunilha e carameladas por cima, além de uma generosa porção de chantilly. Se não bastasse essa combinação de ingredientes deliciosos, a aparência é clássica e atraente. Não tem como não provar.
Nossa opinião sobre o doce: É uma combinação de massa folhada (gostamos) com carolinas recheadas e carameladas (gostamos) com chantilly (gostamos). Logo, o resultado não poderia ser nada menos do que incrível. 🙂
Onde experimentar: Experimente o Saint Honoré da Patisserie des Rèves, em Paris. O ideal é que seja comido bem fresco (nós trouxemos um para o Brasil e de um dia para o outro ele já perde a “crocância”).
Ufa. Se você chegou até aqui, “desce” a página mais um pouquinho e conta pra gente ali nos comentários qual dessas sobremesas e doces franceses te deixou com mais água na boca? Quais são os seus doces franceses favoritos? Faltou algum doce delicioso? Qual? Conta aí! 🙂
Hotéis em Paris: onde se hospedar na capital francesa
Se você ainda não decidiu onde ficar em Paris, confere essas dicas dos melhores hotéis onde já ficamos hospedados em nossas viagens por Paris:
– Britannique – Chavanel – Déclic Hotel – Le Marianne – Le Narcisse Blanc | – Le Pavillon des Lettres – Le Relais Saint Germain – Paris Bastille Boutet MGallery by Sofitel – West End |
Leia também o nosso artigo completo com dicas dos melhores bairros onde se hospedar em Paris:
Onde se hospedar em Paris: Dicas de hotéis e das melhores regiões para ficar em Paris
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Quero muito poder viajar pra ter essa experiência gastronômica. Sou apaixonada por confeitaria.
Oi Daiana! Que maravilha receber seu comentário aqui no site! Pois é, por aqui só na expectativa de voltar a viajar para experimentar essas delícias! Amamos doces e sempre tentamos aproveitar para a conhecer as principais tradições de confeitaria por onde passamos.
Um beijo pra você!